Apresentando o senhor ZÉGUA

Apresentando o senhor ZÉGUA

terça-feira, 4 de junho de 2013

BOM DIA, MADAME! BOM DIA O QUÊ, CABRA SAFADO? POR QUE É QUE VOCÊS NUNCA TRABALHAM DIREITO?

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Igarapé Grande, 28 de maio de 2013, um pouco antes das 8:00 horas.
Alguém bate na porta de Zégua.
- Bom dia, o que a senhora deseja tão cedo por aqui? – Diz Zégua, sorrindo.
- Veja isso aqui! – Disse a mulher, mostrando um pequeno papel para o nosso herói. Ela nem disse “bom dia”, e isso era um indício de fortes tempestades pela frente.
- Como é que eu já fui na prefeitura, me disseram que meu cadastro estava atualizado e aqui neste papelzinho está dizendo que não? – Disse ela, naquele tom acusador, que geralmente termina com “VOCÊS NÃO ESTÃO FAZENDO O SERVIÇO DIREITO!”
- Bem, a senhora assistiu algum jornal neste final de semana?
- Não.
- Não sabe da confusão que aconteceu envolvendo o Bolsa Família e a Caixa?
- Ah, a Dilma disse que é tudo mentira.
“Ai, ai, ai!”
- Quer dizer que você acredita sem pestanejar no que a presidente diz, mas me chama de mentiroso?
E o nosso herói tentou explicar para a “dita cuja” o que estava acontecendo no sistema nos últimos meses. Mas, é claro, tentar explicar certas coisas para alguém que duvida de você o tempo todo é pior do que tentar enxugar gelo.
Quando o nosso herói chegou ao trabalho, eis a multidão com os cartões cancelados, e quase todo mundo com a mesma acusação: “LIGUEI PARA O 0800 E ELES DISSERAM QUE O PROBLEMA COMEÇOU AQUI NA PREFEITURA”.
Sorte do nosso herói que a imprensa desmascarou a lorota da Caixa antes que ela lançasse a culpa da confusão do dia 18 de maio último na conta dos milhares de Zéguas, espalhados nos 5 mil e pouco municípios do Brasil.
Em tempo: perdi a conta de pessoas que chegaram hoje, dizendo que ligaram para o 0800 e os gênios de lá dissera que (Oh, novidade!) o problema era nas prefeituras. Também perdi a conta de pessoas que chegaram com a velha chantagem emocional: “Meu filho, se este cartão não for desbloqueado, não sei o que vai ser de minha vida” ou: “Oh, meu filho, faça alguma coisa. Eu tomo remédio controlado. E preciso deste cartão pra comprar meus remedinhos, senão vou morrer.”

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