Apresentando o senhor ZÉGUA

Apresentando o senhor ZÉGUA

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EM BRIGA DE MARIDO E MULHER... SALVE-SE QUEM PUDER!

QUERO QUE MINHA FILHA SE LASQUE!

A mulher, que há anos luta para voltar a receber seu beneficio, chegou eufórica e foi logo dizendo:

- Quero que bloqueie o cartão da minha filha.

Antes que nosso herói perguntasse por qual motivo, razão e circunstâncias, ela acrescentou:

- Ela tá morando com o pai e dizem que ela tá tirando o meu dinheiro.

Mais um caso de família separada. Um conselheiro tutelar disse recentemente para nosso herói:

- Nós estamos recebendo mais denúncias envolvendo brigas de casal por causa do cartão Bolsa Família do que outra coisa.

O marido sai de casa, leva uma das crianças e vai brigar na justiça para ter direito a receber o beneficio dela, pago no cartão que fica com a mãe e as outras crianças.

Já houve caso em que a polícia (juntamente com o Conselho Tutelar) teve que obrigar o homem a devolver o cartão pra mulher ou que a mulher veio pedir para o Zégua cancelar seu cartão porque o tal foi levado pelo marido ao deixar a família.

E a nossa ilustre visitante continuou falando e citou a outra filha:

- Minha menina parou de estudar. Diz que não vai mais pro colégio se o dinheiro dela não sair.

Imagine! Criança fazendo chantagem usando o Bolsa Família. Só vai pra escola se o cartão for desbloqueado. E muitas vezes o cartão é bloqueado justamente porque a criança não está indo pra escola.

E ela só tem 8 anos. E a mulher continuou:

- Eu disse pra ela: Vai pro colégio, menina. E ela me respondeu:

- Vou não. Enquanto não sair meu dinheiro.

Antes que nosso herói começasse a tentar explicar alguma coisa, ela disse:

- Eu sei que tem uma mãe tirando meu dinheiro.

- Como assim?

- Alguém me disse.

Ela começou a - como costumamos falar - “dizer coisas com coisas”. Zégua deixou que ela desabafasse. Quando terminou, levantou-se e disse:

- Ei, vou ali no padre. Será que ele me ajuda? Tô precisando de ajuda.

“Eu também” disse Zégua em pensamentos.

As Aventuras de Zeguinha - Episódio de hoje: QUEM SE MATA DE ESTUDAR... PODE CONTINUAR MORTO PELO RESTO DA VIDA

BRIGA DE FAMÍLIA - CUIDADO COM A BALA PERDIDA!

Rapaz do Conselho Tutelar – O marido deixou ela com um filho e levou o outro. Quer colocar o nome do filho no cadastro da amante.

Ela – Mas o filho é meu e tem que ficar é no meu cadastro.

Ele – Mas é também meu e agora está morando comigo, junto com minha (outra) mulher. Tem que entrar no cadastro dela.

- Só você pode dar um jeito, Zégua.

NO CAMINHO DA ESCOLA TINHA UM PEDRA CHAMADA... ZÉGUA!

FRASE DA SEMANA - A MULHER TÁ LÁ!

A mulher chegou sorridente e disse para o Zégua:

- O NEGÓCIO AGORA VAI. AGORA MEU CARTÃO VAI SER “DISBROQUIADO”.

- E por que? – Perguntou Zégua, meio surpreso e meio desconfiado.

Ela continuou sorrindo e respondeu:

- POR QUE A MULHER TÁ LÁ.

Quem lê, entenda!

DONA PRISSIGA, A PIEDOSA - VALHA-ME, DEUS!!!

TRANQUE AS PORTAS, SEU ZÉGUA! O DIA DAS BRUXAS É HOJE!

Dona Tô-Lá-Todo-Dia! Vocês se lembram dela?

A mulher zangada porque tá recebendo SÓ o Bolsa Escola das crianças. Ela recebe uma pensão, a renda per capita ultrapassa o valor estabelecido para o recebimento do Bolsa Família, mas ELA INSISTE! Vamos, por um momento, retornar cerca de um mês.

29 de setembro de 2010.

Bem cedo, ela estava aqui. Enchendo a paciência de nosso amigo Zégua, com a velha senhora, cada vez mais irritada e irritante:

- O rapaz do 0800 disse que eu tenho que correr atrás dos meus direitos. O homem disse que eu tenho que lutar. Eu tenho que receber meu dinheiro. Ele tá vindo todo mês. Tá na conta. Tá na folha. Por que não recebo?

- A senhora vai secar as canelas vindo aqui todos os dias. Já disse que a senhora está perdendo seu tempo e o meu. A senhora recebe uma pensão, não pode receber o Bolsa Família.

- Mas o rapaz disse que essa pensão não tem nada a ver.

O sangue começou a subir na cabeça do Zégua.

- Eu não pedi esse dinheiro. Veio de lá. Agora tenho que receber. O rapaz me disse: minha filha, eu já disse pra você procurar sua cidade. O problema é lá.

Zégua cada vez mais impaciente.

- Eu só tô aqui porque tenho meus direitos. O rapaz disse que eu tenho que receber. Estou procurando o que é meu, não quero o que é dos outros. Deus me deu essa pensão. Mas eu pago empréstimos no banco. Não dá pra nada. Meu filho operado, doente. As crianças precisam ter condições pra ir à escola. Tô passando mil sacrifícios. Tem dia que lá em casa tá muito “aperriado”. Vou na cozinha e lá não tem nada pra colocar na boca. Eu preciso desse dinheirinho.

Zégua cada vez mais impaciente.

- Já andei demais, gastei dinheiro, fui na CAIXA várias vezes. Já cansei.

“Cansou nada. Na outra semana vai lá novamente.”

- Eu sei que você não tem culpa. Eles sempre dizem que o problema é aqui.

Dá pena ver o estado da senhora. Mas Zégua está com o coração fechado. Não pode mais ter pena.

Isso foi há um mês atrás.

Hoje, 04 de novembro de 2010, o dia começou bem... começou BEM MAL.

Hoje, Dona (VOCÊS SABEM QUEM) veio novamente infernizar a vida do nosso herói. E o sangue dele subiu à cabeça na hora em que ela adentrou na sala. Porque sabia que iria novamente receber uma série de acusações.

- Fui na CAIXA e a moça mandou entregar esse papel pra você. Ela disse que você tem que NORMALIZAR meu cartão, para que eu receba o dinheiro completo.

- Normalizar? – Zégua sentiu a impaciência dominar sua cabeça – minha senhora, eu já não disse pra senhora não ir mais na CAIXA porque só vai perder tempo? Tudo que aqueles gênios de lá vão dizer é QUE EU SOU O CULPADO!

- Eu fui também na Prefeitura onde fiz meu cadastro pela primeira vez e o rapaz disse que se fosse no Município dele já tinha resolvido.

E então, ela disse a frase mais nojenta dos últimos tempos, a frase que merece virar um xingamento, um palavrão, uma expressão adequada para quem freqüenta cabarés:

- A moça disse que O PROBLEMA É AQUI MESMO!

E aí continuou com as lamentações de sempre, falando tudo que vocês leram acima e muito mais. E Zégua fazendo a si mesmo uma série de interrogações filosóficas.

Então, o momento mais brilhante, mais encantado e mais mágico surgiu: ELA FOI EMBORA.

Enquanto Zégua respirava fundo, e ainda com a mente ocupada com sérias reflexões filosóficas, do tipo: PARA ONDE VAMOS COM ESSA GERAÇÃO DE VICIADOS NO BOLSA FAMÍLIA?, uma senhora adentrou a sala.

“Vamos ver o que é desta vez. O dia começou bem.”

Mas a humilde senhora que acabara de chegar queria apenas uma espécie de declaração comprovando quanto ela recebia mensalmente do Bolsa Família, incluindo os valores do Bolsa Escola de cada criança. Por que estamos contando uma coisa tão simples e corriqueira? Ela precisava apresentar essa declaração ao promotor para resolver certas questões relativas a problemas de famílias separadas, etc., etc.

Mas quando Zégua deu a ordem para que a impressora imprimisse o documento, o que saiu parecia uma dessas pinturas surrealistas cheias de sombras e manchas e que os “intelequituais” adoram ficar horas e horas olhando, como se fosse a coisa mais linda do mundo.

“Essa não! Era só que faltava!”

Era não, Zégua. Ainda faltava mais.

Há dias que o cartucho da impressora está nessa situação deprimente, mas é preciso uma guerra para conseguir um novo.

Então, nosso herói resolveu apelar para a impressora do Departamento vizinho, e a moça foi logo informando:

- Não tem tinta preta.

Bem, o documento (todo colorido) foi enviado à impressora “daltônica”. E quem disse que ela imprimiu? Começou a dar problemas de todo tipo, saindo papel a toa, travando, etc., etc.

Zégua tentou ajeitá-la de toda forma que sabia fazer e nada. Então resolveu apelar para o Departamento maior, a própria sede da Assistência Social. Mas aí veio a trágica noticia:

- A impressora lá não tá imprimindo. Não é falta de tinta. Ninguém sabe o porquê.

E Zégua o tempo todo só pensando nas acusações que Dona (VOCÊS JÁ SABEM QUEM) fez no inicio da manhã. No final chegou a uma conclusão: O DIA DAS BRUXAS EM 2010 NÃO FOI EM 31 DE OUTUBRO, MAS EM 04 DE NOVEMBRO DE 2010! Pelo menos pra ele.