Apresentando o senhor ZÉGUA

Apresentando o senhor ZÉGUA

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

EM BRIGA DE MARIDO E MULHER... SALVE-SE QUEM PUDER!

QUERO QUE MINHA FILHA SE LASQUE!

A mulher, que há anos luta para voltar a receber seu beneficio, chegou eufórica e foi logo dizendo:

- Quero que bloqueie o cartão da minha filha.

Antes que nosso herói perguntasse por qual motivo, razão e circunstâncias, ela acrescentou:

- Ela tá morando com o pai e dizem que ela tá tirando o meu dinheiro.

Mais um caso de família separada. Um conselheiro tutelar disse recentemente para nosso herói:

- Nós estamos recebendo mais denúncias envolvendo brigas de casal por causa do cartão Bolsa Família do que outra coisa.

O marido sai de casa, leva uma das crianças e vai brigar na justiça para ter direito a receber o beneficio dela, pago no cartão que fica com a mãe e as outras crianças.

Já houve caso em que a polícia (juntamente com o Conselho Tutelar) teve que obrigar o homem a devolver o cartão pra mulher ou que a mulher veio pedir para o Zégua cancelar seu cartão porque o tal foi levado pelo marido ao deixar a família.

E a nossa ilustre visitante continuou falando e citou a outra filha:

- Minha menina parou de estudar. Diz que não vai mais pro colégio se o dinheiro dela não sair.

Imagine! Criança fazendo chantagem usando o Bolsa Família. Só vai pra escola se o cartão for desbloqueado. E muitas vezes o cartão é bloqueado justamente porque a criança não está indo pra escola.

E ela só tem 8 anos. E a mulher continuou:

- Eu disse pra ela: Vai pro colégio, menina. E ela me respondeu:

- Vou não. Enquanto não sair meu dinheiro.

Antes que nosso herói começasse a tentar explicar alguma coisa, ela disse:

- Eu sei que tem uma mãe tirando meu dinheiro.

- Como assim?

- Alguém me disse.

Ela começou a - como costumamos falar - “dizer coisas com coisas”. Zégua deixou que ela desabafasse. Quando terminou, levantou-se e disse:

- Ei, vou ali no padre. Será que ele me ajuda? Tô precisando de ajuda.

“Eu também” disse Zégua em pensamentos.

As Aventuras de Zeguinha - Episódio de hoje: QUEM SE MATA DE ESTUDAR... PODE CONTINUAR MORTO PELO RESTO DA VIDA

BRIGA DE FAMÍLIA - CUIDADO COM A BALA PERDIDA!

Rapaz do Conselho Tutelar – O marido deixou ela com um filho e levou o outro. Quer colocar o nome do filho no cadastro da amante.

Ela – Mas o filho é meu e tem que ficar é no meu cadastro.

Ele – Mas é também meu e agora está morando comigo, junto com minha (outra) mulher. Tem que entrar no cadastro dela.

- Só você pode dar um jeito, Zégua.

NO CAMINHO DA ESCOLA TINHA UM PEDRA CHAMADA... ZÉGUA!

FRASE DA SEMANA - A MULHER TÁ LÁ!

A mulher chegou sorridente e disse para o Zégua:

- O NEGÓCIO AGORA VAI. AGORA MEU CARTÃO VAI SER “DISBROQUIADO”.

- E por que? – Perguntou Zégua, meio surpreso e meio desconfiado.

Ela continuou sorrindo e respondeu:

- POR QUE A MULHER TÁ LÁ.

Quem lê, entenda!

DONA PRISSIGA, A PIEDOSA - VALHA-ME, DEUS!!!

TRANQUE AS PORTAS, SEU ZÉGUA! O DIA DAS BRUXAS É HOJE!

Dona Tô-Lá-Todo-Dia! Vocês se lembram dela?

A mulher zangada porque tá recebendo SÓ o Bolsa Escola das crianças. Ela recebe uma pensão, a renda per capita ultrapassa o valor estabelecido para o recebimento do Bolsa Família, mas ELA INSISTE! Vamos, por um momento, retornar cerca de um mês.

29 de setembro de 2010.

Bem cedo, ela estava aqui. Enchendo a paciência de nosso amigo Zégua, com a velha senhora, cada vez mais irritada e irritante:

- O rapaz do 0800 disse que eu tenho que correr atrás dos meus direitos. O homem disse que eu tenho que lutar. Eu tenho que receber meu dinheiro. Ele tá vindo todo mês. Tá na conta. Tá na folha. Por que não recebo?

- A senhora vai secar as canelas vindo aqui todos os dias. Já disse que a senhora está perdendo seu tempo e o meu. A senhora recebe uma pensão, não pode receber o Bolsa Família.

- Mas o rapaz disse que essa pensão não tem nada a ver.

O sangue começou a subir na cabeça do Zégua.

- Eu não pedi esse dinheiro. Veio de lá. Agora tenho que receber. O rapaz me disse: minha filha, eu já disse pra você procurar sua cidade. O problema é lá.

Zégua cada vez mais impaciente.

- Eu só tô aqui porque tenho meus direitos. O rapaz disse que eu tenho que receber. Estou procurando o que é meu, não quero o que é dos outros. Deus me deu essa pensão. Mas eu pago empréstimos no banco. Não dá pra nada. Meu filho operado, doente. As crianças precisam ter condições pra ir à escola. Tô passando mil sacrifícios. Tem dia que lá em casa tá muito “aperriado”. Vou na cozinha e lá não tem nada pra colocar na boca. Eu preciso desse dinheirinho.

Zégua cada vez mais impaciente.

- Já andei demais, gastei dinheiro, fui na CAIXA várias vezes. Já cansei.

“Cansou nada. Na outra semana vai lá novamente.”

- Eu sei que você não tem culpa. Eles sempre dizem que o problema é aqui.

Dá pena ver o estado da senhora. Mas Zégua está com o coração fechado. Não pode mais ter pena.

Isso foi há um mês atrás.

Hoje, 04 de novembro de 2010, o dia começou bem... começou BEM MAL.

Hoje, Dona (VOCÊS SABEM QUEM) veio novamente infernizar a vida do nosso herói. E o sangue dele subiu à cabeça na hora em que ela adentrou na sala. Porque sabia que iria novamente receber uma série de acusações.

- Fui na CAIXA e a moça mandou entregar esse papel pra você. Ela disse que você tem que NORMALIZAR meu cartão, para que eu receba o dinheiro completo.

- Normalizar? – Zégua sentiu a impaciência dominar sua cabeça – minha senhora, eu já não disse pra senhora não ir mais na CAIXA porque só vai perder tempo? Tudo que aqueles gênios de lá vão dizer é QUE EU SOU O CULPADO!

- Eu fui também na Prefeitura onde fiz meu cadastro pela primeira vez e o rapaz disse que se fosse no Município dele já tinha resolvido.

E então, ela disse a frase mais nojenta dos últimos tempos, a frase que merece virar um xingamento, um palavrão, uma expressão adequada para quem freqüenta cabarés:

- A moça disse que O PROBLEMA É AQUI MESMO!

E aí continuou com as lamentações de sempre, falando tudo que vocês leram acima e muito mais. E Zégua fazendo a si mesmo uma série de interrogações filosóficas.

Então, o momento mais brilhante, mais encantado e mais mágico surgiu: ELA FOI EMBORA.

Enquanto Zégua respirava fundo, e ainda com a mente ocupada com sérias reflexões filosóficas, do tipo: PARA ONDE VAMOS COM ESSA GERAÇÃO DE VICIADOS NO BOLSA FAMÍLIA?, uma senhora adentrou a sala.

“Vamos ver o que é desta vez. O dia começou bem.”

Mas a humilde senhora que acabara de chegar queria apenas uma espécie de declaração comprovando quanto ela recebia mensalmente do Bolsa Família, incluindo os valores do Bolsa Escola de cada criança. Por que estamos contando uma coisa tão simples e corriqueira? Ela precisava apresentar essa declaração ao promotor para resolver certas questões relativas a problemas de famílias separadas, etc., etc.

Mas quando Zégua deu a ordem para que a impressora imprimisse o documento, o que saiu parecia uma dessas pinturas surrealistas cheias de sombras e manchas e que os “intelequituais” adoram ficar horas e horas olhando, como se fosse a coisa mais linda do mundo.

“Essa não! Era só que faltava!”

Era não, Zégua. Ainda faltava mais.

Há dias que o cartucho da impressora está nessa situação deprimente, mas é preciso uma guerra para conseguir um novo.

Então, nosso herói resolveu apelar para a impressora do Departamento vizinho, e a moça foi logo informando:

- Não tem tinta preta.

Bem, o documento (todo colorido) foi enviado à impressora “daltônica”. E quem disse que ela imprimiu? Começou a dar problemas de todo tipo, saindo papel a toa, travando, etc., etc.

Zégua tentou ajeitá-la de toda forma que sabia fazer e nada. Então resolveu apelar para o Departamento maior, a própria sede da Assistência Social. Mas aí veio a trágica noticia:

- A impressora lá não tá imprimindo. Não é falta de tinta. Ninguém sabe o porquê.

E Zégua o tempo todo só pensando nas acusações que Dona (VOCÊS JÁ SABEM QUEM) fez no inicio da manhã. No final chegou a uma conclusão: O DIA DAS BRUXAS EM 2010 NÃO FOI EM 31 DE OUTUBRO, MAS EM 04 DE NOVEMBRO DE 2010! Pelo menos pra ele.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Zégua de Queiroz apresenta: O PRIMO DE BRASÍLIA


O PRIMO DE BRASILIA – UM TRIÂNGULO AMOROSO INUSITADO, UMA PARÁBOLA PARA OS DIAS DE HOJE

CENA I

Trabalho voltava do serviço. Ele estava muito cansado. O sol estava se pondo. Ao passar diante daquela pracinha percebeu que havia alguém deitado num dos bancos. Admirou-se por ter alguém, naquela hora, deitado num banco de praça. Quem dera ele tivesse esse privilégio. Sua sina começava às 5:00 horas da manhã. Passava o dia todo suando em busca do pão de cada dia. Voltava sempre às 5:00 horas da tarde, feliz da vida, porque finalmente teria o merecido descanso. Não conseguia entender como alguém pudesse – numa hora daquela – estar na praça, deitado no banco, procurando estrelas no céu.

Mas, ao fixar seus olhos nos olhos da pessoa deitada no banco, seu coração bateu como nunca tinha batido. Suas pernas enfraqueceram, seu corpo tremeu da cabeça aos pés. Ele ficou paralisado. Principalmente quando a pessoa levantou-se do banco e disse um simples:

- Oi! Tudo bem?

Aquele dia, ou melhor, aquele momento, mudou drasticamente a vida de Trabalho. Foi amor à primeira vista. Trabalho não acreditava mais no futuro, mas aquela garota renovou as esperanças dele. Eles se tornaram o casal mais bonito e mais romântico da cidade, uma pequena cidade do interior nordestino. Dentro de pouco tempo se casaram. A felicidade de Trabalho agora estava completa. O nome da linda moça era Preguiça.

CENA II

Dizem que os opostos se atraem. Em relação àquele novo casal isso era a mais pura verdade. Trabalho e Preguiça não tinham nada em comum, a não ser o amor que sentiam um pelo outro. Eles viveram felizes durante muito tempo (mesmo se encontrando somente nos finais de semana, pois de segunda a sexta, e muitas vezes no sábado, Trabalho estava ocupado, enquanto Preguiça dormia o dia todo, as 24 horas do dia). Somente no sábado e domingo os dois podiam se curtir. Dificilmente saiam de casa, pois Preguiça não era muito sociável. Trabalho tinha muita vontade de possuir filhos, mas um amigo médico havia recomendado primeiro um tratamento para Preguiça, pois seu misterioso sono poderia atrapalhar a criação e o desenvolvimento dessas crianças.

O casal vivia em harmonia. Trabalho era um homem tranqüilo. Ciúmes era um sentimento desconhecido para ele. Sempre saia sossegado para o serviço, pois tinha plena certeza que nada faria Preguiça sair da cama. Apesar das tremendas diferenças entre eles, era um casal feliz, que nunca havia brigado.

Mas um dia, da distante capital do Brasil, chegou um visitante. Um primo de Preguiça, que tinha muita vontade de conhecê-la. Era um garotão charmoso, louro de olhos verdes. Chamou a atenção de todo mundo quando chegou à cidade. Pessoas de todas as classes sociais sentiram uma certa simpatia pelo moço. Ele gostou da cidade. Seu plano era passar uns três meses por ali, mas gostou tanto que resolveu ficar. E aí começou o problema. O nome do lourão era Bolsildo.

CENA III

Quando o cara saia parecia uma celebridade de Hollywood. Quase todas as garotas da cidade queriam sair com ele. Apesar dele ser um cara simples, pobre, muitas garotas, filhas de gente importante, autoridades, altos funcionários públicos, até brigavam para ficar com ele. Pouco a pouco sua prima Preguiça passou a sentir uma estranha atração por ele. E as coisas começaram a se complicar na casa de Trabalho. Sempre que ele chegava, encontrava Preguiça e Bolsildo juntos, conversando. Ela não dormia mais o dia inteiro. Trabalho começou a não gostar daquilo. Como amava muito Preguiça tentou conversar com ela, resolver a situação, mas as coisas não melhoraram.

Trabalho começou a ficar desanimado. Não estava mais conseguindo se concentrar no serviço, sentia suas forças diminuírem. Sabia que algo muito estranho estava acontecendo. Um dia desses flagrou Preguiça e Bolsildo aos beijos e abraços. Foi o maior choque de sua vida. Desgostoso Trabalho saiu de casa. Acabou-se a harmonia, acabou-se o casal mais feliz daquela região.

Trabalho foi embora, Preguiça começou a passar fome. Bolsildo não trabalhava. Recebia mensalmente uma pequena pensão do pai que morava em Brasília. Mas não dava pra sustentar uma mulher como Preguiça. Então resolveu ir embora. E agora?

Era uma vez Preguiça, uma garota triste e melancólica, que vivia em depressão. Até encontrar o jovem Trabalho. Sua vida deu uma reviravolta. Voltou a sorrir, a ter esperança na vida. Mas aí surgiu o disgramado do Bolsildo. O cara veio de Brasília só pra infernizar a vida daquele lindo casal. Despertou paixão em Preguiça, expulsou Trabalho de casa, e depois a deixou sozinha. Só um milagre pra salvar sua vida agora.

ZÉGUA Apresenta: O VEREADOR TOIN SAKANA

DETETIVE ZEGUINHA - UMA DROGA "MUI" PERIGOSA

TORARAM O BOLSA FAMILIA DA MINHA FILHA!

Uma senhora entrou repentinamente na sala e, bastante ofegante e “agoniada”, disse:

- TORARAM O BOLSA FAMÍLIA DA MINHA FILHA! Quero saber porquê!!!

Algumas pessoas que estavam na sala viraram os rostos para o outro lado, tentando disfarçar o sorriso. Zégua, sorridente, resolveu usar a mesma linguagem da mulher e respondeu:

- Tudo bem, senhora. Vou tentar descobrir porque o governo “torou” o beneficio de sua filha.

Alguns minutos depois e nosso herói (após consultar o sistema), ainda sorridente, foi tentado a responder:

- Não, ele não tá torado. Quer dizer, ele foi torado em dezembro, mas já destorou.

Mas, graças a Deus que controlou sua língua, e apenas disse que o problema já tinha sido resolvido. É bom não arriscar com certa gente estressada.

A TEOLOGIA DO BOLSA FAMÍLIA – ERA SÓ O QUE FALTAVA!!!

Relutei em contar isso porque acho que quase ninguém vai acreditar. Mas aconteceu mesmo, meus amigos. Não sei o que tem na cabeça dessas pessoas, mas uma senhora muito zangada (pra variar), resolveu usar um argumento inusitado para tentar “forçar” nosso herói a resolver seu problema. Ela simplesmente disse:

- Você pode ser crente, pode fazer todo tipo de bem. Mas, se não resolver os problemas do Bolsa Família, não pode se salvar – Fiquei tão pasmo que fiz questão de registrar a data: 18 de fevereiro de 2010.

Se a coisa continuar nesse ritmo, daqui a pouco um maluco vai criar uma religião chamada “Bolsa Família”. E seus seguidores serão muito perigosos. Zégua Nostradamus até já teve uma visão:

“Vejo uma senhora que era muito magra, mas de repente ficará gorda. E antes que um cabra chamado Zégua possa entender alguma coisa, ela abrirá a blusa, mostrará várias bombas amarradas ao redor do corpo e gritará:

- SE MEU CARTÃO NÃO FOR DESBLOQUEADO AGORA, VAI TUDO PELOS ARES!!!

Vejo o cabra chamado Zégua se jogando no chão e gritando:

- VALEI-ME, SÃO JESUS DOS CRENTES!!!”

terça-feira, 19 de outubro de 2010

OS CLONES DE ZÉGUA – Episódio de hoje: NO BOLSA FAMÍLIA HOMEM GRANDE RESOLVE TUDO

O caso seguinte ocorreu com um dos clones do Zégua, cuja identidade secreta é Charles P.

Um beneficiário do Bolsa Família foi encontrado na auditoria do TCU como proprietário de um veículo. A equipe do Bolsa Família foi até sua residência pra averiguar o caso e atualizar seus dados no Cadastro Único. Quando chegou no ponto “quente”, o entrevistador perguntou:

- O senhor possui algum veículo em seu nome?

Esse tipo de pergunta costuma paralisar a pessoa. É como perguntar para um aposentado (que recebe o Bolsa Família) se ele é aposentado. Aparentemente é uma pergunta simples, mas a pessoa fica logo com o “desconfiômetro” aceso, imaginando que uma resposta positiva causará a perda do seu beneficio.

Com esse tipo de pensamento, geralmente as pessoas respondem (depois de alguns segundos de suspense):

- Eu sou aposentado, mas conheço um monte de gente que também é e Blá! Blá! Blá!...

Engraçado o brasileiro. Se a pergunta fosse outra:

- O senhor é traficante?
- Sou, mas conheço um monte de gente que também é e Blá! Blá! Blá!...

Ou:

- O senhor é ladrão?
- Sou. Mas conheço um monte de gente que também rouba, etc., etc., etc.

Bem, o entrevistado de nossa história usou da mesma manobra. Sua resposta foi:

- Mas eu conheço um monte de gente na cidade grande que tem moto e carro e recebe o Bolsa Família.

A equipe deu algumas explicações sobre o caso e coletou as informações necessárias (depois de muita resistência, pois o sujeito não parava de fazer comparações).

Alguns dias depois, o cara aparece, todo satisfeito (diga-se, cheio de si, achando-se o Gianeccini num país onde uma praga misteriosa matou todos os homens, deixando todas as mulheres desesperadas).

Ele procura nossa equipe e diz, todo satisfeito:

- Olha, está tudo resolvido. Eu já falei com os "hómi grande".

Deixamos aos leitores que tirem suas próprias conclusões. Mas uma coisa é bem “descaradamente simples”: OS HOMENS GRANDES RESOLVEM TUDO – e nessa cultura do “jeitinho brasileiro”, nós, zéguas, os “homens pequenos”, precisamos ter a pontaria certeira de Davi para acabar com esses miseráveis Golias.

A seguir, uma montagem elaborada pelo Charles, ilustrando seu “momento Zégua”.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

DONA STRUPÍCIA E AS LIÇÕES BÁSICAS DO BOLSA FAMÍLIA

Se você pensa que sabe como funciona o Programa Bolsa Família só porque vê a propaganda na televisão...

Se você acha que tem direitos só porque o Presidente, o pessoal da CAIXA e os "gênios" do 0800 disseram que você tem...

Se você acha que tem que receber o beneficio só porque seu vereador diz que você merece receber...

As lições abaixo são para você.


(Clique nas imagens para vê-las ampliadas)

ZÉGUA E A MULHER “CACHACEIRA”

- VOCÊ JÁ RESOLVEU O CADASTRO DA MINHA MÃE? DAQUELE DIA, DA ENERGIA, PRA TIRAR O NOME DO HOMEM, QUE ELA NÃO VIVE MAIS COM ELE, NAQUELE DIA, TÁ CANCELADO, TÁ COM TRÊS MESES, ELA NÃO TIRA MAIS NÃO, VOCÊ JÁ MANDOU O CADASTRO PRA BRASILIA, TÁ CANCELADO, NAQUELE DIA, A ENERGIA DELA TÁ CARA, VOCÊ DISSE PRA EU VIR AQUI NO DIA PRIMEIRO, NAQUELE DIA, O HOMEM NÃO VIVE MAIS COM ELA, TÁ CANCELADO HÁ TRÊS MESES, A ENERGIA TÁ CARA, ELA NÃO TEM DINHEIRO, NÃO AGUENTA MAIS PAGAR, TÁ CANCELADO HÁ TRÊS MESES, NAQUELE DIA O SENHOR DISSE QUE IA RESOLVER, TÁ CANCELADO HÁ TRÊS MESES, ...

Você entendeu alguma coisa, caro leitor?

Quando Zégua ligou seu computador, eis que aparecem duas mulheres ao mesmo tempo. Uma, nossa velha conhecida, Dona Tô-Lá-Todo-Dia (veja o caso das Quatro Damas do Apocalipse). As duas falando ao mesmo tempo.

Dona TLTD, com a velha história, que foi na CAIXA, que a moça de lá disse que tava tudo errado no cadastro dela, que ela tinha que receber o Bolsa Família e não só o Bolsa Escola, etc. Detalhe: Dona TLTD é aposentada, mas o pessoal da CAIXA insiste que ela tem que receber o Bolsa Família, etc.

Eu tenho um sonho... de que um dia o pessoal da CAIXA vai nos ajudar a resolver os problemas do Bolsa Família. Por enquanto, só atrapalham.

Mas a maior atração foi uma senhora BÊBADA... isso mesmo! As boas vindas do Zégua foram dadas por uma senhora BÊBADA!!!

UMA MULHER BÊBADA LOGO CEDO... AO LADO DE DONA TO-LÁ-TODO-DIA, QUERENDO TRANSFERIR O CADASTRO PARA O NOME DA FILHA. Zégua respirou fundo e resolveu levar na “maré mansa”...

Quando disse para a DONA PINGUÇA que o cadastro estava atualizado, que era só AGUARDAR, ela respondeu no mesmo instante:

- NÃO TÔ DIZENDO PARA O SENHOR GUARDAR... MANDARAM VIR NA PREFEITURA, VIEMOS, TEM QUE AJEITAR, A CONTA DE ENERGIA TEM QUE BAIXAR, A MÃE TÁ ZANGADA. JÁ SE OPEROU NÃO SEI QUANTAS VEZES.

Então Zégua continuou na “maré mansa”.

- Tão cedo e a senhora já bêbada?
- Meu fio, eu não tô “beba”, coisa ninhuma. (Enquanto falava, cambaleava de um lado para o outro).
- A senhora bebeu ontem?
- Eu não...
- E hoje?
- Não.
- Tem certeza?
- Eu tenho certeza (cambaleando e se segurando nas cadeiras e paredes). Eu quero ser é crente! (E bateu no peito, com a voz embolada, repetindo; Eu quero ser é crente!). E saiu, segurando-se nas paredes.

Dona Pinguça saiu, e Zégua olhou para Dona TÔ-LÁ-TODO-DIA, tentando imaginar o que deveria dizer para ela PELA BILIONÉSIMA VEZ!

Pois é. Depois de uma semana inteira na Capacitação sobre os novos formulários do Cad-Único, Zégua voltou para sua “faculdade”, tendo como recepcionistas Dona Tô-Lá-Todo-Dia e Dona Pinguça. E o dia está só começando.

domingo, 19 de setembro de 2010

O NOVO FORMULÁRIO DO CAD-ÚNICO... HAJA PACIÊNCIA!


(Clique na imagem para ampliar)

SE A CAPACITAÇÃO PARA NOS ENSINAR A PREENCHER O NOVO FORMULÁRIO DO CADASTRAMENTO ÚNICO DUROU CINCO DIAS (NUM TOTAL DE 24 HORAS SÓ DE AULAS E EXERCICIOS) IMAGINE COMO ESSE "BICHINHO" DEVE SER CHATO E TRABALHOSO.

As Aventuras de Zeguinha - No passado não tinha esse presente...

ZÉGUA EM TEMPO DE TREINAMENTO

ZÉGUA NA CAPACITAÇÃO – PARTE 1
SÓ FLORES...


Finalmente chegou o dia. Pobres coitad, quer dizer, muitos técnicos, digitadores e outros profissionais que trabalham no Departamento do Bolsa Família, chegaram ansiosos à capital do Maranhão. De várias partes, das regiões mais remotas, com malas, mochilas, sacolas, chegaram os “zéguas”, alegres, desconfiados, cansados, estressados,...

Uma senhora, cujo olhar evidenciava que não dormira na noite anterior, e cujo semblante mostrava que ela estava há muitas horas sem comer nada, disse, revoltada:

- Saí da minha cidade às 5:00 horas (da manhã), peguei uns quatro carros pra tentar chegar aqui, e não tive tempo de comer nada. Quando um carro estava chegando numa rodoviária, o outro já ia saindo. Eu corria como uma desesperada, para não perder o carro.

- E por que o prefeito de lá não arrumou um carro pra você? – Perguntou Zégua.

- Quando conversei com o prefeito sobre a capacitação, ele disse que não estava sabendo de nada e disse que não podia fazer nada.
Outro colega disse que a coisa mais difícil foi arrancar uns trocados do Secretário para custear as viagens. Quando procurado, o sujeito sempre dava uma desculpa:

- Volta outra hora.

No dia da viagem, o pobre colega “zégua” ficou correndo procurando secretários, prefeitos, alguém que, ao menos, emprestasse um dinheirinho, ou desse uma esmola, para ajudar nas despesas.

A inscrição dos participantes de cada Município foi realizada com mais de um mês de antecedência. Zégua não estava mais agüentando ouvir seus colegas (de outros departamentos) dizendo a mesma coisa todos os dias:

- Bichão de sorte. Vai passear na capital.

- Que chique! Vai pra São Luis!

- Eita, vai tomar banho de praia.

- Me leva junto!

- Só quer ser! Passar uma semana em São Luis. Praias, Shoppings, etc.

A Secretária de Assistência não podia ver o Zégua, que já estava falando:

- Menino, que chique! O hotel em que vocês vão ficar é muuuuuuuito chique. Ah, eu queria ta lá também!

Quando o pessoal ouvia falar da capacitação, e do local onde os participantes seriam hospedados, não diziam outra coisa:

- Quem pode, pode. Vocês vão ficar neste hotel? Que chique!!!
Certo dia, Zégua disse:

- Isso tá parecendo pacto com o diabo. No inicio ele sempre oferece do melhor, mas é só propaganda falsa.

Quando soube que a tal de capacitação iria durar cinco dias, de segunda à sexta, oito horas por dia, e que no final ainda haveria uma prova, Zégua ficou muito irritado.

- Onde já se viu? Até parece que vou fazer um vestibular... quando, na verdade, vou é ganhar mais serviço.

Quatro dias antes do treinamento, chegou um oficio para o prefeito, confirmando o local do curso e da hospedagem. E os colegas continuavam a gozação:

- Eita, que chique! Vão se divertir, hein? Passar uma semana na ilha, olhando para o mar...

ZÉGUA NA CAPACITAÇÃO – PARTE 2

PROPAGANDA ENGANOSA – SALVE-SE QUEM PUDER!


São Luis, Maranhão. 15:00 horas – Zégua chega no Hotel “chique de morrer”. Várias pessoas com caras de cansadas e frustradas andando de um lado para o outro, arrastando malas. De repente, um funcionário informa que não tem mais vagas no hotel, mas vão providenciar um outro local.

- Como assim, não tem mais vagas? – Exclamam muitos – Mas isso não estava reservado há muito tempo? Vocês não sabiam a quantidade certa de pessoas que viriam pra cá?

O funcionário pede para todos terem calma e aguardarem. Explica que depois da Abertura do evento, todos serão hospedados. Acontece que a tal de Abertura estava programada para as 17:30 horas.

Mas, no meio desse estresse houve muitas compensações. Uma delas é que Zégua reencontrou muitos colegas e amigos.
E o tempo vai passando. 17:30 horas. O pessoal se reúne numa sala de conferências – com malas e “cuias”.
E o tempo passa. Depois das 18 horas, começa a Abertura. Quando, cerca de meia hora depois, a cerimônia termina, alguém avisa que quem ainda não está hospedado, será encaminhado para um dentre dois hotéis.

Rapidamente se espalha a história de que, dos dois hotéis escolhidos, um é chique, e o outro... bem, o outro é “mais ou menos”. Pelos nomes, alguém começa a especular:

- Um dos hotéis se chama “Elite” e o outro é “Cumpadi Caju”. Sei não, mas eu penso que esse que tem “nome de pobre” deve ser o mais fraco.

Um dos organizadores avisa:

- Gente, um carro vai estar à disposição dos que vão para o “Elite”, que fica mais longe. O outro hotel é mais perto e dá pra ir à pé.

Alguém começa a espalhar:

- Hum..., sei não. Para ir de carro o outro deve ser mais chique.

E todo mundo ficou na expectativa, aguardando o ônibus especial que iria levar o pessoal para o “Elite”.

- Olha lá o carro! Vamos!!!

E um bocado de desesperados, com suas “malas e cuias” saiu correndo – parecendo um bando de doidos – todo mundo querendo entrar no ônibus. Nosso herói tava no meio.
Quando o ônibus saiu, ficamos com um pouco de pena dos “tadinhos” que não conseguiram entrar no ônibus e ficaram ao longe, cada vez mais longe, com aqueles olhares tristes e “pidões”.

Três minutos depois o ônibus “da elite” para.

- Ei, o ônibus tá parando. Acho que já chegamos.

- Desce, Desce todo mundo!

Então, a surpresa violenta:

- Não acredito! Ali tá escrito “Hotel Cumpadi Caju”.

- O quê?!!! Enganaram a gente!!!

- Isso é discriminação! Como é que pode?

Ao mesmo tempo, o motorista, estressado e nervoso, gritava:

- Desce todo mundo rápido! Desce! Peguem as malas de vocês! Estou parado no meio da rua.

E gente se atropelando em cima de gente, procurando suas malas, enquanto o motorista continuava berrando:

- Estou parado no meio do trânsito. Peguem as malas de vocês!!!

- Isso é discriminação! Só porque somos do interior...

Zangados, estressados e revoltados, os “zéguas” entraram no hotel. Não que fosse um hotel “caindo aos pedaços”, mas em comparação com o que foi prometido... andava longe!!! (Em breve, mais detalhes sobre este caso).

ZÉGUA NA CAPACITAÇÃO – PARTE 3

TREINAMENTO INTENSIVO... PARA SURRAS INTENSIVAS!


Imagine a emoção...

Acordar bem cedo, tomar café, correr para a sala de aula. E das 8:00 às 18:00 horas, excetuando-se a hora do almoço, ficar sentado, assistindo aulas, fazendo exercícios de meia em meia hora... estudando, estudando, estudando... e os professores sempre lembrando:

- No final tem avaliação.

Imagine chegar às 18:00 horas, cansado, vendo mais letras e formulários do que pessoas...

E, quando surge uma pálida esperança de alegria “Ah, agora vou enfim, relaxar...”, leva um balde de água gelada na cara ao ouvir a voz do professor:

- Ah, gente, tem um trabalho para casa...

Pois é. Imagine toda essa provação...
Deve servir para alguma coisa, não? Quem sabe todo esse esforço não seja coroado com a aprovação num vestibular, num concurso?

Sim, mas na Faculdade em que o Zégua e seus companheiros vão adentrar na próxima semana têm algumas senhoras na porta (parece que madrugaram lá), um cartãozinho amarelo nas mãos, e as seguintes palavras de boas-vindas:

- OLHA AQUI, RAPAZINHO! PASSEI A SEMANA INTEIRA PROCURANDO VOCÊ PARA AJEITAR MEU CARTÃO, TENHO CRIANÇAS PRA CUIDAR, MARIDO PRA DAR CONTA E ME DISSERAM QUE VOCÊ ESTAVA ERA NA PRAIA, TOMANDO BANHO DE SOL. TEM GENTE QUE NÃO SE ENXERGA! OS OUTROS MORRENDO E ELE SE DIVERTINDO!
HOJE SÓ SAIO DAQUI QUANDO TUDO FOR RESOLVIDO!!!


Bem, em breve, teremos mais relatos sobre essa tal de Capacitação para Entrevistadores do Cadastro Único, que ocorreu em São Luis recentemente (13 a 17 de setembro de 2010).

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Grandes Enigmas da Humanidade

SEUS PROBLEMAS ACABARAM! O NOME DA SOLUÇÃO É ZÉGUA!

Quando Zégua entrou na sala, havia uma senhora sentada, aguardando pacientemente. Uma cara conhecida, mais uma assídua freqüentadora do Departamento. Ela levantou-se e Zégua imaginou logo que fosse mais um caso de cartão bloqueado, cancelado ou coisa parecida. Mas desafio vocês agora a adivinharem o que é que ela queria?

a) Seu Zégua, meu cartão tá bloqueado.
b) Seu Zégua, meu cartão tá cancelado.
c) Seu Zégua, a freqüência dos meus meninos não foi informada.
d) Seu Zégua, quero saber por que meu dinheiro diminuiu neste mês.
e) Seu Zégua, quero saber por que o cadastro da minha criança ainda não foi incluído.
f) Seu Zégua, quero saber por que a Sortilda recebe mais do que eu, se tem a mesma quantidade de filhos.
g) Seu Zégua, não tenho o que fazer lá em casa e vim só olhar pra sua cara.
h) Nenhuma alternativa correta.

KKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!

Resposta certa: letra h. Sabe o que a senhora queria?

Colocou o “papel da energia elétrica” sobre a mesa e disse:

- Eu queria que o senhor me ajudasse com R$ 10,00 para eu pagar minha conta de luz.

Diante da cara espantada de Zégua, ela explicou:

- Fui na Prefeitura e me disseram que só o senhor pode me ajudar.

?????????????????????

E aí, Zégua, por que não se candidata a vereador?

TÁ REPRENDIDO, SATANÁS!!!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

As Aventuras de Zeguinha - DONA PRISSIGA NA ARAPUCA

FRASE DO DIA E UMA PROPOSTA INDECENTE

Hoje, uma senhora chegou e perguntou se o problema dela foi resolvido (um caso antigo, cartão cancelado, etc.). Ao ouvir uma resposta negativa, sorriu e disse:

- A gente tá tão blefado, né?

Quando ia se retirar, aproximou-se de nosso herói e disse:

- Olhe, se você ajeitar meu cartão, vou dar metade do dinheiro pra você.

Nós sorrimos com essas coisas, mas às vezes dá é pena.

... E O DRAGÃO AINDA NÃO ESTÁ MORTO!

Novamente o caso das “QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE”...

Dona TÔ-LÁ-TODO-DIA irrompeu na sala, nervosa e ofegante.

- Não tô entendendo! Não tô entendendo! A moça da caixa disse que, pelo menos 6 meses tenho direito de receber. Liguei para o 0800 e o rapaz disse pra você ajeitar o cartão, pra eu receber normal...

“Ajeitar o cartão? O que Zégua deve dizer numa hora dessas?”

- Senhora, o que posso fazer é atualizar seu cadastro novamente (já atualizou “um milhão” de vezes!!!).

E a mulher, ofegante, nervosa, suando (não sei se suor quente ou frio), calou-se por alguns segundos. Pensou, pensou. Matutou, matutou. Depois perguntou:

- E se eu for na CAIXA?

- Se eu fosse a senhora não ia não. Tudo que os “gênios” de lá vão dizer é que o problema é aqui, e a senhora ainda se arrisca a ouvir um xingamento.

- E o que eu devo fazer? O rapaz do 0800 disse pra você ajeitar meu cartão e depois de 30 dias eu devo ligar pra ele de novo.

O pior é esse pessoal do 0800 ficar ALIMENTANDO A FOGUEIRA (pronta pra assar nosso herói).

SITUAÇÃO REAL: Ela só recebe o BOLSA ESCOLA dos netos porque É APOSENTADA, e sua renda ultrapassa o limite permitido para se receber o Bolsa Família (é uma regra do Programa e está escrita em milhões de cartilhazinhas distribuídas pelo Governo Federal – será que alguém do 0800 já viu, pelo menos, a capa dessa cartilha? É VERDE E NELA ESTÁ ESCRITO: AGENDA DA FAMÍLIA. Ah, se alguém tem dificuldade em decodificar as letras, mais uma dica: NA CAPA TEM O DESENHO DE UMA FAMÍLIA – UMA MULHER, UM HOMEM E TRÊS CRIANÇAS. A MULHER ESTÁ SEGURANDO UM CARTÃOZINHO AMARELO).

SITUAÇÃO IMAGINADA PELOS “GÊNIOS” DO 0800 – Senhora, procure o rapaz que trabalha no Bolsa Família no seu Município. Só ele pode resolver seu problema. Diga pra ele atualizar o cadastro que a senhora volta a receber normal.

Marque a alternativa correta:

a) - Ou os “gênios” do 0800 desconhecem as regras do Programa (o que é, no mínimo, absurdo);

b) - Ou possuem “UMA PREGUIÇA EXTRAORDINÁRIA” e não querem “perder tempo” olhando no sistema (será que eles tem acesso a algum sistema do Bolsa Família?);

c) – Ou a verdade é que adoram SACANEAR a vida dos zéguas deste Brasilzão querido.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

As Aventuras de Zeguinha - Motivos Nobres... Motivos Torpes

ALELUIA! O CASO DAS 4 DAMAS DO APOCALIPSE FOI RESOLVIDO!

Quem está acompanhando as aventuras do nosso herói conhece muito bem o drama envolvendo AS QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE (existem muitos textos dedicados a elas).

Hoje, ao receber a folha de pagamento referente a agosto/2010, os nomes das quatro apareceram. Foram NOVE meses de dores de cabeça, xingamentos, estresses, insinuações, calúnias, e coisas do gênero. Esperava-se que, PELO MENOS, A METADE dos meses bloqueados fosse paga... já que foram bloqueados indevidamente. Geralmente são pagos – pelo menos – três meses. Mas, ao olhar a folha de pagamento, eis a ingrata surpresa: Cada uma das coitadas só vai receber DOIS MESES! DOIS MESES (JULHO E AGOSTO). Vá entender!

Quando nosso amigo Zégua disse para uma das Damas ligar para o 0800 e perguntar sobre os “atrasados”, ela respondeu, sorrindo desconfiada:

- EU NÃO. DEIXA QUIETO. VAI QUE ELES “BLOQUEIA” DE NOVO...

ZÉGUA, A MULHER ESTRESSADA E UMA SOGRA DESCONFIADA

- Olha, to agoniadinha da cabeça. Estou pensando em ir embora desta cidade.

- Mas por que, mulher? – Zégua controlou-se para não sorrir da desgraça alheia e continuou escutando a estressada senhora.

- Minha sogra anda desconfiada demais. Não posso pegar no celular, que ela pensa que estou ligando pra macho.

- ???

- Meu marido está fora de casa, há seis meses. Às vezes preciso conversar com ele em voz baixa, sabe como é, conversa íntima entre casal. Aí minha sogra entra no meu quarto, querendo saber com quem estou conversando. Não agüento mais.
- ???
- Tô pra ficar doida. Acho que qualquer hora dessa vou sair correndo por aí.
- Calma, mulher. Calma. Já tem doido demais nesta cidade.

A MEMÓRIA DO BRASILEIRO ESTÁ EM EXTINÇÃO FAZ TEMPO... É POR ISSO QUE MUITOS POLÍTICOS “DEITAM E ROLAM”

Constantemente nosso amigo Zégua depara-se com as seguintes situações:

- Senhor, diga-me sua data de nascimento...
- ??????? – O homem (um rapaz ainda novo) reflete alguns segundos...
- 1980.
- Sua data de nascimento completa. - Reflete novamente...
- Junho...
- DIA? – Outra reflexão...
- 19.

Outro exemplo freqüente...

- Diga o nome dos seus filhos...
- Não lembro! O senhor não poderia ver aí no cadastro?

Mais um exemplo.

- Diga sua data de nascimento.
- Deixa eu olhar aqui no documento.

Só mais este...

- Senhora, seus filhos estão em que série e em qual escola?
A mulher sorri (o famoso “sorriso amarelo”), vira-se para a amiga e diz:
- “Cumadi”, diz aí pro “hômi”.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

DONA PRISSIGA TÁ NA ÁREA... O SIBEC FOI PASSEAR (clique na imagem para ampliar)


COINCIDÊNCIA CRUEL: O SIBEC SÓ ESTEVE ACESSÍVEL DOIS DIAS NA SEMANA (TERÇA E QUINTA), E DONA PRISSIGA ANDOU POR AQUI TRÊS VEZES (NA SEGUNDA, QUARTA E SEXTA).

quinta-feira, 22 de julho de 2010

SE ZÉGUA VIVESSE NOS TEMPOS DO VELHO OESTE...

SE PREPARE, SEU CABRA! AGORA VOU NA JUSTIÇA!!!

Pois é. Lembram-se do caso “ZÉGUA CONTRAS A QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE”? Continua em aberto, e a GISES (com o pessoal do MDS) está mais insensível do que o coração de um pistoleiro ao atirar na cabeça de uma criança.

Hoje (13/07/2010), uma das “QUATRO DAMAS” (a mais persistente) andou por aqui novamente, desabafou, tremeu, gaguejou, ameaçou e estressou nosso herói. E continuou com a ameaça:

- Vou na promotora!

- Se eu fosse a senhora já tinha ido! Aliás, faço questão que a senhora vá, e se quiser, pode me chamar como testemunha – respondeu Zégua, tentando permanecer calmo.

- É uma molecagem! A gente liga no 0800 e eles sempre dizem que o problema é aqui...

- Vá na promotora, senhora. Não perca tempo. Vamos acabar com essa palhaçada!

- A gente tem direitos! Estamos devendo muito! Os comerciantes estão impacientes! Já gastei demais indo até a CAIXA! A moça disse que o problema é aqui. Agora vou na justiça! A gente tem direitos! Não sei porque fazem uma coisa dessa com a gente! “Nóis tem direito!” Não agüento mais! Está pra fazer um ano e ninguém resolve nada!

Imagine que enquanto ela desabafava, Zégua tentava acessar o terrível SIBEC, cercado por várias beneficiárias ao mesmo tempo. E o diabólico SIBEC travando, caindo, travando, caindo, travando, caindo, travando, caindo, travando, caindo, travando, caindo, ...

Então, repentinamente ele se levantou e disse que não ia tentar mais. O sistema não voltou mais e Zégua foi obrigado a despachar vários beneficiários.

Todo mundo saiu... quer dizer, quase todo mundo, pois a distinta senhora (atriz principal do episódio de hoje) continuava falando e prometendo levar o caso à justiça.

Há duas semanas, Zégua (mesmo sabendo que não levaria a nada), enviou outro e-mail para a GISES, suplicando para que dessem atenção ao caso das “Quatro Damas do Apocalipse”. Querem saber a resposta?

Antes, permitam-me fazer um pequeno retrospecto deste caso. Mais detalhes serão encontrados nos textos:

- “ZÉGUA CONTRA A GISES – Gostamos de Irritar, Sacanear e Estressar os Senhores” e:
- “ZÉGUA CONTRA AS QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE”, já publicados neste blog.

Agora vamos à piada de hoje.

Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010. Em resposta ao e-mail de Zégua, a GISES responde que os benefícios com problemas estão sendo tratados pela área de tecnologia da CAIXA.

Quarta-feira, 24 de março de 2010. A GISES enviou um e-mail, informando que “as demandas devem ser respondidas no Novo Formulário de Demandas

Quinta-feira, 25 de março de 2010 (09:01), Zégua envia para a GISES o tal Formulário de Demandas (devidamente preenchido, um para cada caso).

Quinta-feira, 25 de março de 2010 (19:42:44), A GISES responde misteriosamente:

“Solicitamos nos enviar um FORMULÁRIO opor [sic] e-mail.”

Mas, em anexo, estavam os quatro formulários com a resposta dos técnicos. E a resposta foi:

“Informamos que a família está devidamente cadastrada em IGARAPE GRANDE, porém sem a migração do benefício, orientamos a entrar em contato com o MDS.”

Então, correndo contra o tempo, Zégua preencheu um outro tipo de formulário, chamado Formulário Padrão de Gestão de Beneficios e enviou para o endereço determinado (via Correios). Tanta pressa ele tinha em ver tal problema resolvido que enviou o oficio via SEDEX.

Quarta-feira, 05 de maio de 2010 (10:12).

Zégua resolve escrever novamente para a GISES. Depois de fazer um resumo dos problemas que tem enfrentado, tentando resolver o caso das QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE, concluiu sua mensagem com o texto transcrito a seguir:

Já cumprimos todas as penitências solicitadas.

Passo 1 - Enviamos várias mensagens diretamente pra vocês (GISES), suplicando uma solução para o problema;

Passo 2 - Nos pediram para enviar todos os casos citados, por meio do tal Formulário Padrão de Descancelamento e assim o fizemos;

Passo 3 - Nos pediram para enviar os formulários, via correios, diretamente para a SENARC - Assim fizemos (isso antes da semana santa). E até agora, nenhuma resposta de lá, nem positiva e nem negativa.

Bem, e agora? Qual a próxima penitência?

No mesmo dia veio a resposta da GISES.

Quarta-feira, 5 de maio de 2010 20:51:10

“Prezado Sr
1 Solicitamos a gentileza de encaminhar suas demandas para gisesfo@caixa.gov.br utilizando o formulário padrão, que vai anexo, um para cada beneficiário.”

Zégua estava um amor neste dia, pois serenamente respondeu de imediato, enviando (NOVAMENTE) os quatro formulários preenchidos.

Quinta-feira, 6 de maio de 2010 08:54

“Senhores, estou encaminhando, em anexo, quatro formulários preenchidos, conforme sugestão descrita abaixo, numa mensagem que recebi recentemente.”

Milagrosamente, NO MESMO DIA, eis que a GISES envia sua resposta. Desta vez não escreveram nada no e-mail, apenas anexaram os quatro formulários, com as respostas.

Quinta-feira, 6 de maio de 2010 16:35:06.

Novo e-mail da GISES, com a brilhante solução para os problemas:

“Solicitar a reversão ao MDS por meio de ofício.”

Brincadeira!!!

Zégua resolve dar um tempo. Passa-se um mês.

14 de junho de 2010. Zégua resolve enviar outra mensagem para a GISES, intitulada: “PROBLEMAS DE TRANSFERÊNCIA - POR QUE NINGUÉM RESPONDE?” (esta mesma mensagem foi enviada diretamente para o portal Bolsa Família, por meio da seção “FALE CONOSCO”).‏

Se a pergunta era “POR QUE NINGUÉM RESPONDE?”, a GISES respondeu da forma mais previsível possível, ou seja, NÃO RESPONDEU NADA!

Zégua aguardou mais uma semana. Então, uma das “DAMAS DO APOCALIPSE” chegou zangada, reclamando (com razão) por que ninguém resolvia o problema dela. Desabafou, disse que ia na justiça, etc.

23 de junho de 2010 (pela manhã). Zégua torna a enviar (para a GISES) a mesma mensagem do dia 14 de junho, com o mesmo título.

23 de junho de 2010 (quando as primeiras sombras da noite se aproximavam). A GISES responde ao e-mail.

Duvido que alguém adivinhe qual a solução que eles sugeriram desta vez...

Se no e-mail enviado para eles, nosso herói Zégua disse que já tinha CUMPRIDO TODAS AS PENITÊNCIAS (preenchido e enviado o tal Formulário Padrão, etc.), sabe qual foi a “ineditíssima” solução para os problemas que nos afligem desde o ano passado? Leiam o inacreditável e-mail:

De: gisesfo05@caixa.gov.br
Enviada: quarta-feira, 23 de junho de 2010 18:27:48
Para: morganne777@hotmail.com


À Prefeitura Municipal de Igarapé Grande - MA
A/c ZÉGUA
Prezado Sr

1 Solicitamos que as demandas sejam encaminhadas utilizando o formulário em anexo. Uma demanda para cada formulário.

Atenciosamente, etc., etc.”

Quando leu isso, imediatamente Zégua se lembrou de um antigo personagem de desenho animado, chamado RABUGENTO (quem tem mais de 30 anos deve ter conhecido essa celebridade). Por que Zégua se lembrou dele?

RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI! RI!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

RENDER-SE? NUNCA!... RETROCEDER? JAMAIS!

- Seu cartão está cancelado (na outra semana a pessoa está de volta).
- Seu cartão está cancelado (mais uma semana e a individua volta novamente).
- Seu cartão está cancelado.

Passam-se os dias, meses...

- Oi, lembra de mim? Sou a mulher que vim aqui outro dia.

São tantas caras que aparecem todos os dias e a individua quer que o Zégua se lembre dela.

- Sim, sua cara não é estranha. Qual o problema?
- Não estou conseguindo tirar meu dinheiro.
- Deixa eu ver aqui.

E Zégua perde um tempão, olhando na base, tentando acessar o (AAARGH!!!) SIBEC , e quando consegue, que vê a ficha da dita cuja, lembra-se melhor da cara dela.

- Há quanto tempo a senhora não tira seu dinheiro? (pergunta, tentando disfarçar a irritação).
- Mais de dois anos.
- E a senhora não sabe por que?
- Sei não.
- A senhora tem filhos menores de idade, menor de 16 anos?
- Não, moço. Todo mundo já casou ou tem rapariga.
- E a senhora mora com alguém?
- Só com o meu velho.
- Tem algum aposentado lá? (Zégua viu pela ficha dela que os dois estavam aposentados, mas perguntou só pra deixar mais claro pra ela).
- Olha... (quando vão responder a pergunta acima, sendo o resultado positivo, a maioria das pessoas gagueja ou demora alguns segundos a responder – típico caso de consciência culpada)... é... nós somos aposentados, sim...
- E faz tempo?
- Há uns dois anos.
- Pois é. É como eu já disse antes, ... (E Zégua respirou fundo antes de prosseguir, pra contar a mesma história que já tinha contado antes, pra mesma pessoa, centenas de milhares de vezes).
- Então tá cancelado mesmo?
- Exatamente.
- Tá bom. – Quando vai se retirando, olha para o Zégua e pergunta:
- E quando eu posso voltar aqui de novo?

MDS APRESENTA: O RETORNO DOS MORTOS-VIVOS

- Bom dia.
- Bom dia.
- Veja o que eu acabei de receber do Correio.

Zégua pegou a cartinha enviada pelo governo federal. O mesmo tipo de cartinha que vários usuários estavam recebendo.

A individua teve o cartão cancelado há mais de dois anos (por justa causa, diga-se). Já tinha até se conformado. Agora recebe uma carta do governo dizendo que precisa atualizar seu cadastro (ELA CONCLUIU IMEDIATAMENTE QUE, SE ATUALIZAR O CADASTRO, VAI VOLTAR A RECEBER O BENEFICIO).

- Senhora, seu cartão tá cancelado há mais de dois anos.
- Mas essa carta diz que eu tenho que atualizar pra voltar a receber.
- Senhora, é o seguinte... (Zégua explica pela trilionésima vez que o governo – na falta do que fazer – está mandando tais cartinhas pra gente que até já morreu – pois quer saber se algum membro da família tem algum tipo de veículo, ganhou alguma eleição (em 2004), é aposentado, etc.).

Mas quem disse que a senhora aceitou a explicação?
- É mentira! Minha amiga LOROTILDA disse que ligou para os homens de Brasília e disseram que a pensão que recebo não tem nada a ver. Eu conheço gente que mora perto de mim que “são aposentados” e recebem, Blá! Blá! Blá! Blá! Eu vou levar meus “papéus” pra Pedreiras (uma cidade vizinha). Lá tem gente que resolve!

- Se eles conseguirem resolver, eu juro que compro um martelo e derrubo todas as paredes deste prédio.

Cuidado com suas palavras, Zégua. Vai que o Cão atenta e os “malas” resolvem o problema da mulher...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

QUATRO AMIGOS DESTEMIDOS E UM “MALEDITO” CARTÃOZINHO AMARELO...

Era uma vez quatro amigos: Égua, Pai dÉgua, Fi duma Égua e Zégua. Cabras de coragem, trabalhadores, viviam felizes e sua amizade parecia de aço. Três deles não gostavam muito desse negócio de escola e caíram fora rapidinho. Só o Zégua continuou os estudos. Mas, apesar disso, a vida continuava, e a paz reinava.

Mas um certo dia...

O ÉGUA recebeu o famoso cartãozinho amarelo, sacou o dinheiro e foi gastar com cachaça. Passou a encher a cara o dia todo e a errar o caminho de casa.

O PAI DÉGUA recebeu o famoso cartãozinho amarelo e deixou na mão de um comerciante como garantia, em troca de comprar fiado sempre que quisesse.

O FI DUMA ÉGUA recebeu o famoso cartãozinho amarelo e nunca mais quis trabalhar, dizendo que agora tinha um pai muito rico que morava em Brasília.

E O ZÉGUA?... Antes de falar deste cara, vamos ver o que aconteceu com os outros três.

Bem, a mulher do ÉGUA, cansada de conviver com um cachaceiro (e que não tava nem aí pra alimentação e educação das crianças), chutou ele de casa, foi no Conselho Tutelar e exigiu que tomassem o cartão do vagabundo...

O PAI DÉGUA virou refém do comerciante, devendo até os cabelos das “ventas”, e sendo obrigado a trabalhar, pedir emprestado ou roubar, para dar conta das dívidas.

O FI DUMA ÉGUA perdeu o cartão, não conseguiu ganhar outro, ficou desesperado e sem coragem para trabalhar.

E O ZÉGUA?...

Bem, diferente dos demais amigos, ZÉGUA continuou na escola, conseguiu concluir o Ensino Médio, e certo dia foi trabalhar num certo Departamento que mexia com o tal cartãozinho amarelo.

O ÉGUA, que tinha se separado da mulher, arranjou outra e implorou para que o ZÉGUA fizesse um cadastro pra ele – como as coisas não eram tão simples assim, culpou o Zégua por não querer ajudá-lo, tocou o dedo indicador da mão direita, no indicador da mão esquerda e, muito zangado, disse para o Zégua:

- CORTA AQUI!

O PAI DÉGUA procurou o Zégua e implorou para que este aumentasse o valor do seu beneficio – como se fosse simples assim, pois tava devendo tanto que – se pudesse encontrar o diabo cara a cara - estaria disposto a leiloar a própria alma.

Como Zégua não podia fazer o que o dito cujo queria, olhou zangado para nosso herói, fez com os dedos indicadores o que já descrevemos acima e disse:

- CORTA AQUI!

O FI DUMA ÉGUA, quando perdeu o cartão, procurou o Zégua, que recomendou:
- Você precisa tirar uma segunda via na CAIXA.

Na CAIXA ouviu do funcionário:
- O problema é lá mesmo. (pois misteriosamente seu beneficio estava cancelado).
Zégua recomendou que ligasse para o 0800, pois na base cadastral não havia nenhum problema.

O pessoal do 0800 fez uma revelação bombástica:
- O problema é aí mesmo.
Fi duma Égua chegou zangado, xingou nosso herói, fez a famosa ação com os dois dedos indicadores e disse:

- CORTA AQUI!

(É claro que essa história é fictícia, apenas uma parábola para os dias atuais... mas as ações e desgraças envolvendo os personagens são bem reais em nossa região).

MORAL DA HISTÓRIA: O que o Cão não consegue fazer, o cartãozinho amarelo dá um jeito.

O DIA DA IRA DE UMA DAS DAMAS DO APOCALIPSE

(pra não ficar perdido ao ler o texto abaixo, leia antes o texto intitulado: ZÉGUA CONTRA AS QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE, publicado anteriormente neste blog). A dama citada abaixo é a famosa Dona Tô-Lá-Todo-Dia.

A residência da coitada fica numa das partes altas da cidade, e ela, apesar de já estar na casa dos 60 anos, desce da sua casa quase todos os dias, à pé, só para procurar noticias sobre seu beneficio.

É uma tristeza. Difícil é ver a cara dela de manhã bem cedo e não saber o que dizer, pois toda penitência que se devia cumprir para tentar resolver seu caso, nosso herói Zégua já cumpriu.
E os infelizes de Brasília não estão nem aí.

Pois é. A mulher chegou, sentou e desabafou.

- Esse dinheiro é nosso. Deus deu a graça do governo mandar essa ajuda pra nós. Vou na justiça. O rapaz do outro Município disse que se fosse na cidade dele já tinha resolvido. Esse dinheiro é nosso, quero saber que trapalhada é essa. Já estou cansada. Já gastei o que não tenho. Tô devendo no comércio, não pude comprar as fardas das crianças, não sei mais o que fazer.

QUEM “VEVE”* COM PRESSA... LASCA-SE** DEPRESSA!

7:00 da manhã.
Zégua levantou cedo, correu para o Banco para ver se conseguia sacar um dinheirinho para umas compras básicas do dia-a-dia. Por que correu tão cedo para o Banco? Porque naquela semana no Departamento do Zégua, o Bolsa Família “estava com a macaca”, o estresse tinha armado a rede e o Cão estava fazendo turismo por lá.

Então, nosso herói chegou ao Banco, dirigiu-se ao caixa eletrônico, inseriu o cartão, digitou a senha e...

SENHA NÃO CONFERE!

Respirou fundo, digitou novamente e...

SENHA NÃO CONFERE!

Parou um pouco. Não era possível que não lembrasse mais da senha correta. Todos os dias se lembrava dela, porque não naquele dia? E, como tinha errado a senha DUAS VEZES, eis o que aconteceu:

SENHA BLOQUEADA!

“Era só o que faltava!”. Respirou fundo novamente, e acessou as janelas do sistema, para desbloquear a senha. Desta vez digitou os números com todo o cuidado possível, pois se errasse novamente, a coisa ficaria mais séria.

E NÃO É QUE ERROU OUTRA VEZ???

“NÃO ACREDITO!!!”

SENHA BLOQUEADA! PROCURE A GERÊNCIA!

Acreditem, senhoras e senhores. Nosso herói teve que esperar o Banco abrir (para o atendimento ao público), teve que enfrentar uma série de burocracias, e lá pras 10 e MEIA DA MANHÃ (acreditem!) teve a senha liberada!

Pois é. Todos sabem que o estresse prejudica a memória. E, como dizia minha tataravó:

“A ‘PRÉÇÇÇA’ É INIMIGA DA ‘PRREFEISSÃO’”.

VALHA-ME, DEUS!!!

* ”VEVE” – corruptela da palavra “VIVE”
** LASCAR - Pop. Dar-se mal; prejudicar-se; lesar-se: Não estudou e lascou-se no exame. [Conjug.: v. trancar.] (Novo Dicionário Aurélio)

segunda-feira, 7 de junho de 2010

FRASE DA SEMANA

- Tenho raiva! A gente já tira pouco, e ficar sem receber por causa do “aposento” dessa “tróço”!

(A filha adolescente saindo, zangada, e falando da mãe surda-muda, cujo beneficio foi cancelado porque a dita cuja é aposentada e tem apenas uma filha cadastrada).

RECEITA PRA QUEM PRETENDE VIRAR PACIENTE DE HOSPÍCIO


Pra entender melhor esta imagem, leia com atenção aos seguintes textos (já publicados neste blog):

- PACIÊNCIA TEM LIMITES... MAS, POR ENQUANTO, AINDA TÁ TODO MUNDO VIVO!

- COMO ESTRESSAR UM SER HUMANO EM 7 PASSOS (UMA SINGELA HOMENAGEM AO SIBEC – SISTEMA BRASILEIRO ESTRESSADOR DOS CADASTRADORES)

PACIÊNCIA TEM LIMITES... MAS, POR ENQUANTO, AINDA TÁ TODO MUNDO VIVO!

Num belo dia de junho, 1.º de junho de 2010.

- Bom dia, meu cartão tá bloqueado.
- Oi, eu queria saber se meu cartão já foi desbloqueado.
- Um momento, senhoras, vou acessar o sistema – Zégua fala com toda delicadeza, e prepara-se para acessar o terrível SIBEC. O dia mal começou, o tempo está um pouco nublado, tá fazendo frio, e, por enquanto, todo mundo tá cheirando bem – afinal todo mundo acabou de tomar banho, não tem ninguém suando, nenhum perfume tá vencido – tá uma maravilha.

Mas existe um desmancha-prazer chamado SIBEC.

Como vocês devem saber, para alcançarmos a ficha da pessoa no SIBEC temos que abrir 7 janelas. O problema é que não é fácil chegarmos à 7.ª janela. Mas vamos lá.

1.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela, abre-se a 2.ª... e o sistema cai.

2.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela... e o sistema cai.

3.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela, abre-se a 2.ª, abre-se a 3.ª, abre-se a 4.ª... (suspense, respiração presa, suor descendo pela testa – e não tá nem fazendo calor...)... abre-se a 5.ª janela... e o maldito sistema volta a cair.

Começando de novo....

4.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela, abre-se a 2.ª, abre-se... GO TO HELL, SIBEC!!!

5.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela, abre-se a 2.ª, abre-se a 3.ª, abre-se... “PAI NOSSO QUE ESTÁS NO CÉU, NÃO NOS DEIXA CHUTAR ESTE COMPUTADOR...” (até porque o coitado não tem culpa).

6.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela, abre-se a 2.ª, abre-se... Zégua respira fundo...

O mesmo tipo de respiração de um caçador diante da onça ... quando a bicha vai se aproximando e ele descobre que se esqueceu de colocar o cartucho na arma.

“Já tá virando molecagem!!!”

7.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela, abre-se a 2.ª, abre-se a 3.ª, abre-se a 4.ª, abre-se a 5.ª... – Zégua olha para as três senhoras presentes e diz:

- Senhoras, prendam a respiração! Não pisquem! Cruzem os dedos! Ninguém se mova!
Abre-se a 5.ª janela, ...abre-se a 6.ª, ... abre-se a 7.ª e... e... e...

O velho comerciante estava concentrado, muito concentrado, contando mais de um milhão de moedas de 5 centavos e ...

- Um milhão, quinhentos e quarenta e dois mil e dez centavos...
- Um milhão, quinhentos e quarenta e dois mil e quinze centavos...
- Um milhão, quinhentos e quarenta e dois mil e vinte centavos...
- Um milhão, quin...

- Ooooooi, seu Tonhão – Fala a morena, com sua voz melosa e caminhado sensual, desviando a atenção do pobre mortal. Olha para os dois montes de moedas, coça a cabeça, e é obrigado a começar tudo de novo.

- 5 centavos, 10 centavos, 15 centavos, 20 centavos...

Pois é. Quando se abriu a 7.ª janela, e Zégua ia digitar o número do NIS da senhora...

O SISTEMA DESPENCOU LADEIRA ABAIXO E NOSSO HERÓI FOI OBRIGADO A COMEÇAR TUDO DE NOVO.

8.ª tentativa – Abre-se a 1.ª janela, abre-se a 2.ª,...

- Senhoras, hoje, novamente, o sistema está com a macaca. Vou tentar só até dez vezes, e se não der certo, é melhor cada um procurar o que fazer.

9.ª tentativa – Abre-se... vocês já sabem o que. E já devem imaginar no que deu.

10.ª tentativa – Abre-se, abre-se, abre-se, abre-se, abre-se, abre-se... abre-se... e... e... e...

MAIS UMA VEZ O ASTERÓIDE DESVIOU-SE DA TERRA E ATINGIU OUTRO PLANETA...
MAIS UMA VEZ A BOMBA FOI DESARMADA...
MAIS UMA VEZ O AVIÃO DECOLOU E ATERRISSOU COM SUCESSO...
MAIS UMA VEZ A CAVALARIA CHEGOU BEM NA HORA E SALVOU A DILIGÊNCIA...

É, MAIS UMA VEZ ZÉGUA CONSEGUIU ACESSAR A IMPENETRÁVEL 7.ª JANELA DO SIBEC...

MAS NÃO SABE ATÉ QUANDO VAI TER PACIÊNCIA PARA INSISTIR TANTO...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

AS AVENTURAS DO ZEGUINHA - Episódio de hoje: AULA DE PORTUGUÊS (clique na imagem para ampliá-la)

FRASES E EXPRESSÕES QUE O ZÉGUA NÃO AGUENTA MAIS OUVIR

Senhoras e senhores, nosso amigo Zégua ainda não tem 40 anos, mas seus cabelos brancos parecem indicar o contrário.
Ah, se os almofadinhas de Brasília passassem uma semana substituindo os zéguas espalhados por esse país. Uma semana atendendo o público do Bolsa Família, ouvindo as reclamações (e xingamentos), tentando acessar o tal de SIBEC (e este mau elemento travando de meia em meia hora), etc.

Uma semana lidando com todo tipo de problema, mandando e-mail para a GISES e o pessoal de lá respondendo de forma eloqüente, erudita e profunda: “Para mais informações, acesse www.mds.gov.br”, etc.

Uma semana só. E os mais famosos psiquiatras do Brasil teriam uma demanda gigantesca pela frente. Pois lidar com as “donas Prissigas da vida” (= Usuárias estressadas do Bolsa Família), não é para qualquer um. Só os “zéguas” conseguem sair vivo, mesmo arranhados, quase loucos, mas vivos!

Os lindinhos da GISES e do 0800 não agüentariam um dia! São bem parecidos com os almofadinhas da Educação, que, em suas salas bem confortadas, ar condicionado, ambiente perfumado, imaginam, de forma romântica, todo tipo de estratégia para serem aplicadas nas salas de aula.

Para eles é tudo tão fácil. É só o professor colocar em prática tudo que está no papel que os “pestinhas” vão virar anjinhos, todo mundo vai aprender maravilhosamente, e a educação vai ultrapassar as nuvens da excelência!

Se os métodos não funcionam como o planejado, a culpa é sempre do professor. Ah, seus teóricos engomadinhos e perfumados, venham vocês mesmos colocar em práticas suas maravilhosas teorias, durante, pelo menos UM DIA... E vejam se conseguem sobreviver sem a ajuda de um psiquiatra.

Bem, mas voltando ao mundo do Zégua, imagine você ter que ouvir todos os dias algumas das seguintes frases e expressões:

- Bom dia, eu liguei para o 0800 e me disseram que você é quem bloqueou meu cartão.

- Meu filho, fique sabendo que nós somos uma família muito carente. Você não devia ter feito uma coisa dessas com a gente.

- Sabe de uma coisa? Vou procurar meus direitos!

- Vim saber por que você fez isso comigo!

- Você vai me matar do coração!

- Minha mãe está com depressão, desde o dia em que você cancelou o cartão dela.

- Você é o rapaz que ajeita cartão?

- Você é o senhor Zégua? É que o pessoal da Caixa disse que você não fez meu cadastro direito.

- Acabei de ligar para o 0800 e a menina lá disse que você nunca mandou meu cadastro pra Brasília.

- Não sei por que você fez isso com a gente. Estamos passando fome, as crianças não tem condições nem de ir à escola.

- O prefeito disse que você tem que dar um jeito no meu cartão.

- Oi, você é a mulher do Zégua? Ele está em casa?

- Oi, você é a mulher do Zégua? Minha irmã, diz pra ele desbloquear meu cartão. Lá em casa estamos passando fome.

- Óia eu aqui de novo! (quase todos os dias a individua aparece por aqui e geralmente usa a mesma frase).

- Passei lá e continua bloqueado. O cara da Casa Lotérica disse que só você pra dar um jeito, já que foi você quem desmantelou.

- Estou desesperada! Minha família está passando fome! Não sei mais o que fazer da vida!

- Não!!! Por que você fez isso? Como vou viver agora, meu Deus? Estou perdida!

- Você não tem coração? Tenho três filhos pequenos e você ainda bloqueia meu cartão?

- Sou aposentada sim, mas conheço muita gente que também é e continua tirando o beneficio.

- Acho que vou desmaiar...

- Como vou comprar meus remédios agora?

- E agora? Eu só vivia desse dinheirinho...

- Sem este cartão eu não sou nada.

- Se eu não tivesse precisão, não teria vindo aqui!

- É pouco, mas ajuda.

- É pouco, mas é melhor que nada.

- Meu dinheiro “abaixou” este mês. Por que?

- A Agente de Saúde não encontrou os nomes dos meus meninos na ficha dela. Ela disse que é porque você nunca colocou eles no cadastro.

- Tô mandando meus filhos pra escola todo dia. A professora disse que você não cadastrou eles.

- Só vou sair daqui quando você resolver.

- Vá lá em casa ver se eu tenho renda alta.

- Só neste Município as coisas são difíceis desse jeito.
- Será que é por que eu não votei no Prefeito?

- Você devia trabalhar direito.

- Olha pra minha cara! Tenho cara de rica?

- Dá um jeito aí que trago uma coisa pra você.

- Você não resolve meu caso é porque não quer.

- Ei, quando chega meu cartão? Já faz três anos que me cadastrei e nada até agora... acho que você tá me enrolando.

- Ei, por que só tôu tirando isso? Minha vizinha tira mais do que eu. Acho que você tá me enrolando.

- Tira o nome do Sifrônio do meu cadastro e coloca no cadastro da minha filha. Já cansei de cuidar dos filhos dos outros.

Algumas semanas depois...

- Olha aqui, quem tá cuidado do Sifrônio sou eu. Aquela vagabunda da minha filha caiu no mundo e me deixou cuidando dele. Bota ele no meu cadastro de novo.

Tá duvidando? Vem pra cá, passar um dia com o Zégua.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

ENQUANTO ISSO, NUMA CIDADEZINHA DO INTERIOR DO MARANHÃO...

ZÉGUA CONTRA A G.I.S.E.S. – Gostamos de Irritar, Sacanear e Estressar os Senhores

A GISES (Gerência de Filial de Serviços Sociais) é um Departamento (ligado à CAIXA) que, dentre outras coisas, tem como missão ajudar os pobres e miseráveis seres humanos que trabalham no Departamento do Bolsa Família... dentre os quais, nosso amigo Zégua.

Mas parece que existe um outro Departamento, infiltrado na GISES, que delicia-se em ver “o circo pegar fogo”, e adora brincar de pegadinhas com os zéguas deste meu Brasil. A sigla dessa outra GISES, de acordo com fontes secretas, significa:

Gostamos de Irritar, Sacanear e Estressar os Senhores.

No caso, “os senhores” são os distintos coitados que trabalham nos municípios brasileiros, no Departamento do Bolsa Família, e que, diariamente são verdadeiros sacos de pancadas dos beneficiários estressados (e muitas vezes desesperados), cujas mentes sofrem verdadeiras lavagens cerebrais por meio dos “caras do 0800”. Como naqueles filmes de espionagem, onde alguém é hipnotizado e enviado para matar um sujeito importante. Para acionar o “candidato a criminoso”, alguém fala a frase mágica.

No caso do Bolsa Família, a frase mágica (ditada pelos manipuladores do 0800) é:

“O PROBLEMA É NO MUNICÍPIO DE VOCÊS.”

Leiam a seguir o mais recente episódio da emocionante série: “ZÉGUA CONTRA A GISES

Caso de hoje: AS QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE (para entender melhor o caso, procure, neste blog, o texto: “ZÉGUA CONTRA AS QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE”).

Sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010. Em resposta ao e-mail de Zégua, a GISES responde:

“Comunicamos que os casos similares ao descrito abaixo estão sendo tratados pela área de tecnologia da CAIXA. Caso não seja possível a reversão via SIBEC ou por solicitação ao MDS, favor aguardar a solução tecnológica. Ressaltamos que as famílias que tiverem direito ao benefício não serão prejudicadas.”

Quarta-feira, 24 de março de 2010. A GISES enviou o seguinte:

1. Informamos que as demandas devem ser respondidas no Novo Formulário de Demandas que anexamos.
2. Ressaltamos que o uso desse formulário deverá acontecer somente nos casos em que o atendimento fornecido ao beneficiário pelo (0800 – 726 0101) ou às prefeituras pelo (0800 – 726 0104) ambos pelo suporte da CAIXA, não satisfizerem a demanda.
3. Solicitamos também que para cada análise seja utilizado um formulário diferente, a fim de otimizarmos nosso controle de atendimentos.

Quinta-feira, 25 de março de 2010 (09:01), Zégua envia para a GISES o tal Formulário de Demandas (devidamente preenchido, um para cada caso).

Quinta-feira, 25 de março de 2010 (19:42:44), A GISES responde misteriosamente:

“Solicitamos nos enviar um FORMULÁRIO opor e-mail.”

Mas, em anexo, estavam os quatro formulários com a resposta dos técnicos. E a resposta foi:

“Informamos que a família está devidamente cadastrada em IGARAPE GRANDE, porém sem a migração do benefício, orientamos a entrar em contato com o MDS.”

Então, correndo contra o tempo, Zégua preencheu um outro tipo de formulário, chamado Formulário Padrão de Gestão de Beneficios e enviou para o endereço determinado (via Correios). Tanta pressa ele tinha em ver tal problema resolvido que enviou o oficio via SEDEX.

Para se ter uma ideia tudo foi encaminhado ANTES da Semana Santa.

Existe um outro Departamento (chamado SENARC) onde podemos acompanhar os ofícios enviados pelos Municípios – se foram recebidos, se foram respondidos, e coisa parecida.

Recentemente, Zégua deu uma olhada no site do tal SENARC e não encontrou nenhuma pista do oficio encaminhado.

Quarta-feira, 05 de maio de 2010 (10:12).

Zégua resolve escrever novamente para a GISES. Depois de fazer um resumo dos problemas que tem enfrentado, tentando resolver o caso das QUATRO DAMAS DO APOCALIPSE, concluiu sua mensagem com o texto transcrito a seguir:

Já cumprimos todas as penitências solicitadas.

Passo 1 - Enviamos várias mensagens diretamente pra vocês (GISES), suplicando uma solução para o problema;

Passo 2 - Nos pediram para enviar todos os casos citados, por meio do tal Formulário Padrão de Descancelamento e assim o fizemos;

Passo 3 - Nos pediram para enviar os formulários, via correios, diretamente para a SENARC - Assim fizemos (isso antes da semana santa). E até agora, nenhuma resposta de lá, nem positiva e nem negativa.

Bem, e agora? Qual a próxima penitência?

No mesmo dia veio a resposta da GISES.

Quarta-feira, 5 de maio de 2010 20:51:10

“Prezado Sr
1 Solicitamos a gentileza de encaminhar suas demandas para gisesfo@caixa.gov.br utilizando o formulário padrão, que vai anexo, um para cada beneficiário.”
Zégua estava um amor neste dia, pois serenamente respondeu de imediato, enviando (NOVAMENTE) os quatro formulários preenchidos.

Quinta-feira, 6 de maio de 2010 08:54

“Senhores, estou encaminhando, em anexo, quatro formulários preenchidos, conforme sugestão descrita abaixo, numa mensagem que recebi recentemente.”

Milagrosamente, NO MESMO DIA, eis que a GISES envia sua resposta. Desta vez não escreveram nada no e-mail, apenas anexaram os quatro formulários, com as respostas.

Quinta-feira, 6 de maio de 2010 16:35:06

O que será que vem agora? Qual será a nova resposta da GISES? Zégua baixa os quatro formulários de uma vez só e clica no primeiro, prendendo a respiração, e tenso, como se estivesse escondido dentro de um armário, no quarto de uma mulher casada, e ouvindo passos de alguém subindo as escadas e falando:

- Querida, a reunião de negócios foi adiada.

Formulário aberto. Zégua, com toda delicadeza possível, clica no mouse e vai subindo a página lentamente. Então chega a um retangulozinho branco (num fundo verde), encabeçado por um título:

“Orientação da GISES/FO”

A hora da revelação.

Senhora e senhores, finalmente, graças a Deus, enfim, já era tempo, valeu a pena esperar...

Após tanto tempo de angústia,

Após tantos e-mails enviados,

Após tantos confrontos verbais,

Após tantas reclamações e pedidos de socorros,

Após seis meses de lenta agonia,...

Sim, agora, finalmente, a GISES deu a seguinte orientação para a resolução dos problemas:

“Solicitar a reversão ao MDS por meio de ofício.”

Ih! Vai começar tudo de novo!

Parece história de trancoso, não?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

SIBEC - SISTEMA BRASILEIRO ESTRESSADOR DOS CADASTRADORES

COMO ESTRESSAR UM SER HUMANO EM 7 PASSOS (UMA SINGELA HOMENAGEM AO SIBEC – SISTEMA BRASILEIRO ESTRESSADOR DOS CADASTRADORES)

19 de abril de 2010, segunda-feira. Num belo dia de sol, nosso herói Zégua resolveu (foi forçado) acessar o site do terrível SIBEC. Para quem não sabe, esse é o nome do sistema responsável pelo processamento dos dados do pessoal cadastrado no Bolsa Família. Há duas semanas que o tal sistema está com TPM (Testando Paciência Minha), e hoje piorou. Isso não é novidade para quem lida com o tal "alterador de pressão do cidadão". Mas é que hoje (depois de alguns contratempos) resolvemos homenageá-lo.

Depois do raiar do sol, elas chegaram. Elas quem? Elas, as amigas de Dona Prissiga.
Elas, as terríveis usuárias do Bolsa Família cujo cartão teve sei-lá-que-tipo-de-problema-que-os-gênios-do-0800-sempre-adoram-dizer-que-só-o-municipio-resolve.

- A mulher do 0800 disse que você precisa trabalhar.
- Como assim? – Zégua já tinha ouvido aquilo antes, mas fingiu surpresa.
- Que você não está trabalhando direito, que o meu cadastro nunca chegou lá, Blá! Blá! Blá! Blá! – Disparou a dita cuja, recitando as acusações de sempre.

Zégua, torcendo para que o SIBEC, nesta semana, tivesse criado vergonha e melhorado, digitou o endereço na internet e aguardou alguns segundos.

Abriu-se a Primeira Janela (colocar o nome do usuário e a senha).

Deu certo. Abriu-se a Segunda Janela (confirmar o CNPJ do Município).

Abriu-se a Terceira... abriu nada! Repentinamente apareceu uma misteriosa mensagem:

“SUA SESSÃO EXPIROU. FECHE ESSA JANELA E FAÇA O LOGIN NOVAMENTE.”

O sangue do nosso herói começou a ferver. “É hoje!”
Respirou fundo e resolveu começar tudo novamente.

Abre-se a Primeira Janela (colocar o nome do usuário e a senha).
E lá vem ela:

“SUA SESSÃO EXPIROU. FECHE ESSA JANELA E FAÇA O LOGIN NOVAMENTE.”

“Essa não!”

Nosso herói tornou a respirar e resolveu começar de novo. Ao mesmo tempo, outras senhoras, membros da organização comandada por Dona Prissiga, entraram na sala. Geralmente é assim. Segunda-feira a terra treme, os móveis balançam, o ar fica altamente inflamável. Como sábado e domingo (quando o Zégua TENTA se esconder), não há atendimento, a “cambada” se une e chega todo mundo na segunda-feira, querendo a solução imediata dos seus velhos problemas.

Abre-se a Primeira Janela (vocês já sabem pra que serve!).

Abre-se a Segunda Janela... cruzem os dedos, prendam a respiração...7, 6, 5, 4, 3, 2, 1...

Abriu-se a Terceira Janela! Deus seja Louvado!

Zégua limpa o suor (um ventilador contra dez narizes de uma só vez não dá conta).

Abre-se a Quarta Janela e...

“SGR – ERRO ENCONTRADO NA CRIAÇÃO DO CERTIFICADO. COMPONENTE (SGR.S116). FAVOR REPORTAR O PROBLEMA. TENTE MAIS TARDE.”

Zégua coloca a cabeça entre as duas mãos e fica olhando para um canto, como se estivesse em transe. Depois olha para uma das senhoras e diz:

- Parece que o Sistema não vai abrir hoje... alguém aí deixou a panela no fogo? Alguém aí tem planos de assistir a novela das sete, ainda hoje? É o seguinte: vou tentar novamente. Se não der certo, vamos deixar pra outro dia.

Nova tentativa.

Antes de abrir a Segunda Janela, aparece a velha mensagezinha romântica:

“SUA SESSÃO EXPIROU. FECHE ESSA JANELA E FAÇA O LOGIN NOVAMENTE.”

Zégua tá muito paciente hoje. Não é que resolveu tentar novamente, outra vez, de novo?

Milagre! Conseguiu chegar à Quarta Janela.
Chegou à Quinta Janela. Chegou à Sexta... chegou à Sétima, a última, quando você só tem que colocar o número do cartão da “individua” e ver a ficha dela.

Teclando bem devagar, como se tivesse aprendido a digitar na semana passada...

Digitando bem lentamente, como se estivesse tentando desarmar uma bomba...

Com a respiração presa, e deixando até de piscar, como tivesse que escolher um dos fios da bomba e não soubesse qual cortar: o vermelho ou o azul?

Ao digitar o último algarismo do NIS (o numerozinho do cartão), quando então a última página se abre, eis que uma nova página aparece, trazendo a estarrecedora mensagem:

“The Page cannot be found

The Page you are looking for might have been removed, had its name changed, or is temporarily unavailable....”
e mais dezenas de outras palavras em inglês.

Zégua teve vontade de esmurrar o computador. Só vontade, infelizmente.

E mais gente chegando. E a fila crescendo.

Até que Zégua se levantou e mandou todo mundo ir para a “baixa-da-égua!”

Calma! Calma! Ele, simplesmente, de forma educada (por fora), comunicou às prissiguetes (seguidora de Dona Prissiga), que naquele momento, o sistema estava indisponível e que, procurassem voltar outro dia.

Pois é. Quem é obrigado a acessar o SIBEC todos os dias, precisa antes tomar um barril de suco de macujá (acredito que meus leitores conheçam a fama dessa abençoada frutinha).

segunda-feira, 5 de abril de 2010

ATUALIZANDO AS RECENTES ENCRENCAS DE ZÉGUA...

Antes de prosseguir, leia o texto “ZÉGUA CONTRA AS 4 DAMAS DO APOCALIPSE”
Zégua acabara de informar para a senhora Agoniada-Estressante-Zangadinha que continuava tentando resolver seu problema (beneficio cancelado não se sabe por que). Ele disse que havia enviado uma mensagem para Fortaleza (onde fica o QG dos responsáveis pelo PBF no Nordeste), e pediu que dona Agoniada voltasse na outra semana.
Mas, dona Agoniada correu para o orelhão e ligou para o (arghhhh!!!) 0800. Daqui a pouco retornou e disse para o Zégua:

- O homem disse que o cadastro nunca saiu do Município. Que no Município não tem vaga. Que não estou cadastrada no Bolsa Família. Que Fortaleza não tem nada a ver com o problema.

Bem, Zégua ficou sem saber o que dizer diante de tantas acusações e insinuações pesadas. Mas continua tentando resolver o problema das 4 damas do Apocalipse.

Antes de prosseguir, leia o texto: “ZÉGUA CONTRA A SEQUESTRADORA DE CADASTROS”
Depois de ter sido anteriormente visitada por duas colegas do Zégua, a seqüestradora de cadastros foi visitada por outra colega do nosso herói. O que ela disse:

- Não tenho medo de pouca coisa. Se o Zégua quiser me levar para o fórum, pode me levar, eu não tenho medo de pouca coisa. Vou mandar o cartão, a senha, o cadastro e os documentos para Brasília, para o “pé da conversa.” Eu tenho uma pessoa lá. Se lá não resolver, eu devolvo.

- Ela não rasgou e nem queimou o cadastro, porque eu não deixei – disse o marido.

E o caso continua sem solução.