Apresentando o senhor ZÉGUA

Apresentando o senhor ZÉGUA

quinta-feira, 10 de junho de 2010

QUATRO AMIGOS DESTEMIDOS E UM “MALEDITO” CARTÃOZINHO AMARELO...

Era uma vez quatro amigos: Égua, Pai dÉgua, Fi duma Égua e Zégua. Cabras de coragem, trabalhadores, viviam felizes e sua amizade parecia de aço. Três deles não gostavam muito desse negócio de escola e caíram fora rapidinho. Só o Zégua continuou os estudos. Mas, apesar disso, a vida continuava, e a paz reinava.

Mas um certo dia...

O ÉGUA recebeu o famoso cartãozinho amarelo, sacou o dinheiro e foi gastar com cachaça. Passou a encher a cara o dia todo e a errar o caminho de casa.

O PAI DÉGUA recebeu o famoso cartãozinho amarelo e deixou na mão de um comerciante como garantia, em troca de comprar fiado sempre que quisesse.

O FI DUMA ÉGUA recebeu o famoso cartãozinho amarelo e nunca mais quis trabalhar, dizendo que agora tinha um pai muito rico que morava em Brasília.

E O ZÉGUA?... Antes de falar deste cara, vamos ver o que aconteceu com os outros três.

Bem, a mulher do ÉGUA, cansada de conviver com um cachaceiro (e que não tava nem aí pra alimentação e educação das crianças), chutou ele de casa, foi no Conselho Tutelar e exigiu que tomassem o cartão do vagabundo...

O PAI DÉGUA virou refém do comerciante, devendo até os cabelos das “ventas”, e sendo obrigado a trabalhar, pedir emprestado ou roubar, para dar conta das dívidas.

O FI DUMA ÉGUA perdeu o cartão, não conseguiu ganhar outro, ficou desesperado e sem coragem para trabalhar.

E O ZÉGUA?...

Bem, diferente dos demais amigos, ZÉGUA continuou na escola, conseguiu concluir o Ensino Médio, e certo dia foi trabalhar num certo Departamento que mexia com o tal cartãozinho amarelo.

O ÉGUA, que tinha se separado da mulher, arranjou outra e implorou para que o ZÉGUA fizesse um cadastro pra ele – como as coisas não eram tão simples assim, culpou o Zégua por não querer ajudá-lo, tocou o dedo indicador da mão direita, no indicador da mão esquerda e, muito zangado, disse para o Zégua:

- CORTA AQUI!

O PAI DÉGUA procurou o Zégua e implorou para que este aumentasse o valor do seu beneficio – como se fosse simples assim, pois tava devendo tanto que – se pudesse encontrar o diabo cara a cara - estaria disposto a leiloar a própria alma.

Como Zégua não podia fazer o que o dito cujo queria, olhou zangado para nosso herói, fez com os dedos indicadores o que já descrevemos acima e disse:

- CORTA AQUI!

O FI DUMA ÉGUA, quando perdeu o cartão, procurou o Zégua, que recomendou:
- Você precisa tirar uma segunda via na CAIXA.

Na CAIXA ouviu do funcionário:
- O problema é lá mesmo. (pois misteriosamente seu beneficio estava cancelado).
Zégua recomendou que ligasse para o 0800, pois na base cadastral não havia nenhum problema.

O pessoal do 0800 fez uma revelação bombástica:
- O problema é aí mesmo.
Fi duma Égua chegou zangado, xingou nosso herói, fez a famosa ação com os dois dedos indicadores e disse:

- CORTA AQUI!

(É claro que essa história é fictícia, apenas uma parábola para os dias atuais... mas as ações e desgraças envolvendo os personagens são bem reais em nossa região).

MORAL DA HISTÓRIA: O que o Cão não consegue fazer, o cartãozinho amarelo dá um jeito.

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