JÁ QUE O BOLSA FAMILIA QUER NOS MATAR DE ESTRESSE... POR QUE NÃO USÁ-LO PARA NOS MATAR DE RIR?
Várias situações hilárias envolvendo o Bolsa Família no Município de Igarapé Grande, Estado do Maranhão. Certamente você (que trabalha nesse “abençoado” Departamento) também já passou por situações parecidas – ou, quem sabe, ainda mais hilárias. Conheça agora as loucas aventuras de Zégua e sua equipe.
COISAS DA VIDA...- Eu vim aqui pra você tirar o nome do meu marido do meu cadastro – diz a senhora, bastante irritada.
- O que aconteceu com ele?
- Me deixou com um bocado de filhos e tá morando com a amante...
Algumas semanas depois, a mesma senhora aparece, falando baixo e com a cara de gente desconfiada.
- Oi, eu queria que você colocasse o nome do meu marido no meu cadastro de novo... é que nós voltamos...
SEU FLOR E SUAS DUAS MULHERES...
A cadastradora pediu o documento do marido. A mulher ficou imóvel uns segundos, olhou desconfiada para várias direções, visivelmente constrangida. Havia várias pessoas sendo cadastradas (era uma campanha de atualização cadastral). Uma senhora ao lado, falou, quase gritando:
- Como é que ela vai ter o documento se o marido é meu?
Constrangimento geral. A outra olha de volta e grita:
- Marido teu não, marido meu! – E a “oficial” gritou de volta:
- É porque tu tomou de mim!
E o clima ficou pesado. Até que a amante pegou seus documentos e foi embora. A “oficial” não ficou calada:
- Se ela tiver que conseguir alguma coisa com os documentos do meu marido, não vai conseguir nunca.
ESPIRITO DE PORCO
Durante o cadastramento, um cara acendeu um cigarro (cigarro não, um “porronca”), e, sem nenhuma cerimônia, soltou a fumaça no rosto da cadastradora. A colega estava sufocando com a fumaça (pois tem problemas alérgicos). A amiga ao lado pediu:
- Moço, apague seu cigarro, minha colega está passando mal. – O mal-encarado simplesmente respondeu:
- Eu quero é que ela morra!
CONCLUSÃO PRECIPITADA
A mulher zangada, olhou os formulários do cadastro na mesa, viu o cadastro dela e disparou:
- Tem razão o meu cartão nunca ter chegado. Vocês nunca mandaram meu cadastro pra Brasília.
A MEMÓRIA DO BRASILEIRO
Situação muito freqüente. Quando interrogado sobre a data de nascimento, o usuário responde:
- Um momento. Deixa eu procurar meu documento aqui.
O pior é que são pessoas bastante jovens (muitas têm menos de 30 anos e não lembram da data de nascimento).
SOU BRASILEIRA... NÃO DESISTO NUNCA!
- Fui tirar meu dinheiro e o moço da casa lotérica disse que foi cancelado.
Depois de tentar entender o porque do tal cancelamento (examinando a base, o SIBEC, tudo que é possível), Zégua, nosso funcionário sangue-de-barata, não consegue chegar a uma conclusão. Atualiza o cadastro dela (mesmo sem encontrar nenhum erro) e pede pra senhora aguardar uns dias.
Algumas horas depois.
- Oi, você poderia olhar esse cartão pra mim? – É a mulher do vice-prefeito – é que uma senhora me procurou hoje, pedindo uma explicação para o cancelamento do seu cartão.
Quando Zégua olha o cartão é o mesmo da senhora anterior. Daqui a pouco a cara dela aparece lá no canto da porta, meio desconfiada. Zégua responde:
- Olha, eu já expliquei pra ela que, no momento não sabemos o que aconteceu, mas atualizei o cadastro dela e vou aguardar o arquivo retorno.
Mais tarde, quando estava na rua, Zégua ouviu alguém chamá-lo.
- Ei, faz favor – é um dos vereadores da cidade. Ele se aproxima, mostra um cartão Bolsa Família e diz – Eu queria que tu desse uma olhada nesse cartão aqui...
Zégua se contém para não dizer alguma besteira. É o mesmo cartão da senhora persistente.
CONFUSÃO MENTAL I
A mulher chegou de repente e muito zangada (se tivesse armada teria atirado em todo mundo). Olhou para a funcionária e disse:
- Fique a senhora sabendo que eu não sou aposentada, não tenho renda nenhuma, vivo de quebrar coco, sou muito necessitada...
A funcionária tentava dizer alguma coisa, mas a senhora falava tal qual os disparos de uma metralhadora:
- Sou uma pessoa muito pobre, a senhora não devia ter bloqueado meu cartão...
- Minha senhora... – tentou falar a funcionária.
- Os “menino” precisam de material pra escola, estamos passando fome...
- Senhora, eu...
- Não temos o que comer, e a senhora bloqueou meu cartão...
- Olha, senhora, eu...
- Eu gostaria de saber porque você bloqueou meu cartão...
Quando a senhora zangada parou para respirar um pouco, a funcionária aproveitou a chance:
- Olha, minha senhora. EU NÃO TRABALHO COM O BOLSA FAMILIA. A senhora precisa procurar a Secretaria de Assistência Social.
- Aqui não é a Prefeitura?
- Sim, mas...
- Eu liguei pra aquele número que tem atrás do cartão e a moça me disse que quem bloqueou meu cartão foi a Prefeitura.
Quando ela chegou no Departamento do Bolsa Família, estava já sem fôlego e não pôde xingar mais ninguém (pois havia descarregado toda a raiva na pobre funcionária da Prefeitura).
CONFUSÃO MENTAL II
A mulher chega irritada e diz:
- Por que você bloqueou o meu cartão?
- Que cartão, senhora?
- Que cartão? Ora, meu cartão do Bolsa Família.
- A senhora está me confundindo com outra pessoa.
A mulher olha para uma pessoa ao lado e diz:
- E ele ainda tem a cara de pau de negar que é ele.
(A coitada simplesmente confundiu um funcionário do Departamento de Saúde com o Zégua).
SENHOR, EU PRECISO DE PACIÊNCIA... AGOOOOOOOOOOOOOORA!!!
Imagine ter que ouvir, durante 15 minutos uma senhora contar sua história triste, melancólica, deprimente, desesperadora... tentando nos forçar pela emoção a resolver rapidamente seu problema no cartão.
Agora imagine essa senhora ter um problema na garganta e o timbre de sua voz ser uma mistura de rouquidão com sussurro (algo bem irritante mesmo).
Agora pense nessa senhora com a irritante mania de, ao concluir sua história, repetir tudo... não uma, mas até três ou mais vezes... Haja paciência! Às vezes, somos obrigados a ouvi-la durante mais de uma hora... o pior é que ela é zangada e não é fácil despachá-la...
E, pra completar, o problema dela é daquele em que o SIBEC afirma que ela possui RENDA SUPERIOR... ela jura que não e na nossa base também não existe essa renda...
Uma vez eu perguntei se ela não estava jogando na MEGA SENA...
- Talvez a senhora tenha ganhado um dinheirão e só o pessoal do MDS está sabendo.
CARTÃO BOLSA FAMILIA – O NOVO RICARDÃO
A mulher, zangada, aproximou-se de Zégua e disse-lhe:
- Você será o responsável pela separação de um casal.
- O quê?!!! – Ele ficou quase paralisado de espanto. A mulher explica:
- O marido dela disse que, se o cartão dela não for desbloqueado, ele irá se separar dela.
AFINAL, ONDE A SENHORA MORA MESMO, HEIN?- Bom dia, eu quero incluir meu filho mais novo no meu cadastro.
- Pois, não. Qual seu endereço?
- Rua Trem Azul.
Zégua procura, procura, e nada.
- A senhora tem certeza que o endereço é esse mesmo?
- Ah, agora me lembro: quando me cadastrei morava na Rua das Flores.
- Tudo bem – Zégua torna a procurar o cadastro. Alguns minutos depois.
- Não encontrei nada nesse endereço.
- Ah, me lembrei agora. Quando me cadastrei tinha me mudado há pouco tempo para a Rua da Esperança.
- Tudo bem – Zégua, começando a soltar fumaças “pelas ventas”, segue até a seção da rua indicada e alguns minutos depois retorna desanimado.
- Vamos com calma. Me diga os nomes de todas as ruas e povoados onde a senhora já morou.
Logo depois ele sai com uma lista, esperançoso de, desta vez, encontrar a dita cuja.
Mais tarde, volta todo suado, cansado e irritado.
- Sinto muito, mas não encontrei seu cadastro. A senhora lembra de ter feito a revisão no ano passado?
- Lembro.
- Onde foi que a senhora fez?
- Ah, na Lagoa dos Bagres.
- Como é que é? – o sangue sobe na cabeça de Zégua .
- Eu me mudei para a Lagoa dos Bagres faz três anos.
A dita cuja tinha se transferido para outra cidade há três anos, estava de volta à cidade de origem e não tinha trazido a nova transferência.
* Obviamente, os nomes das ruas e cidades foram trocados por nomes fictícios, POR QUESTÃO DE SEGURANÇA NACIONAL (segurança do Zégua, evidentemente).
BOLSA FAMILIA – PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL I
Final de semana. Zégua vai fazer a feira (como todo pacato cidadão brasileiro). Entre uma banca e outra, várias pessoas se aproximam e dizem:
- Ei, eu queria saber porque você cancelou meu cartão?
- Ei, você é o rapaz que conserta cartão?
- Oi, nesta semana fui sacar meu dinheiro e só tirei R$ 20,00. Por quê?
- Oi, lembra de mim? Liguei para aquele número e me disseram que o problema é aqui mesmo.
No dia seguinte é feriado municipal. O pobre Zégua aproveita e vai fazer umas compras na cidade vizinha. Está numa loja olhando as novidades quando um senhor se aproxima:
- Eu poderia falar com você?
- Pois não.
Então uma senhora se aproxima, dizendo:
- É que eu gostaria de saber o que aconteceu com este cartão...
Zégua sai e entra em outro comércio. Está folheando umas revistas, quando...
- Ei, já resolveu aquele meu problema?
- ???
- Aquele, daquele dia, o dinheiro que “baixou”.
- Ah, sim... (ele diz algo qualquer, mas em pensamentos gritava: VÁ ROUBAR OUTRO!).
Está na rodoviária, aguardando uma VAN para retornar à sua amada cidade, quando... (MÚSICA DE SUSPENSE)... uma senhora se aproxima:
- Você é o rapaz que conserta cartão?
BOLSA FAMILIA – PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL II
Domingo, na Igreja.
Zégua, que é membro de uma Igreja Evangélica, estava domingo de manhã, às 10:00 horas aproximadamente, ministrando para uma classe de jovens e adultos. É a tradicional Escola Bíblica Dominical, realizada todo domingo pelas igrejas evangélicas.
Enquanto Zégua está concentrado, explicando as lições bíblicas, alguém aparece na porta da igreja e faz gestos chamando alguém (ele está apontando para Zégua).
Alguém se levanta e vai atender o recém-chegado. Volta logo depois, e diz para Zégua:
- Ele queria saber quando será o cadastramento?
O sangue sobe na cabeça de Zégua.
“Essa não! Até aqui na igreja?”
BOLSA FAMILIA – PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL III
Meio dia e alguns minutos. Zégua está almoçando quando chega alguém.
- O Vice Prefeito quer falar com você urgente.
O pobre Zégua deixa o prato de arroz sobre a mesa, limpa os cantos da boca e sai irritado (quem manda morar perto da Prefeitura?).
Ao chegar no gabinete do Vice Prefeito, este simplesmente diz:
- Resolve o problema do cartão dessa senhora aí.
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"EU QUERIA SABER PORQUE MEU 'BORSA FAMIA' NÃO VEIO!!!"
ResponderExcluir-Claro senhora, vamos verificar (ainda sou Zégua recente...). Nada do nome da mulher em lugar nenhum! Nem no Cadúnico, nem nos cadernos Azuis... Revira, Revira, Revira... Eu já achando que tinha sido jogado fora pela outra funcionária (vai saber, rixa antiga...)... Vou investigar:
- Quando a senhora fez o cadastro, levou todos os documentos certinho?
- Ah? (OPA!)
- A SENHORA, FEZ O CADASTRO PARA O BOLSA FAMÍLIA???????
- Ih fia, não fiz não...