ZÉGUA NA ENCRUZILHADA... E QUEREM FAZER DELE UM “DESPACHO”

Outubro de 2012.

O clima continua nublado. Depois das eleições, principalmente quando o prefeito perde, a Prefeitura fica quase deserta. Os poucos funcionários que ainda aparecem não podem fazer muita coisa, pois falta material e ânimo.

Mas no departamento do nosso herói não falta gente. Principalmente nesta época do ano (os últimos três meses do ano, período de bloqueios e recadastramento do Bolsa Família – conhecido por aqui como o PERÍODO DO CÃO). De tempos em tempos nosso herói fica num beco sem saída. É a clássica situação: SE CORRER A ONÇA PEGA; SE FICAR O GATO COME.

A situação é a seguinte:

1 – Conforme a história já contada anteriormente (veja aqui: http://agentezegua.blogspot.com.br/2012/06/feliz-retorno-seu-zegua-parte-1-semana.html - http://agentezegua.blogspot.com.br/2012/06/nunca-reclame-de-uma-desgraca-ela-pode.html), o novo departamento do nosso herói é mais apertado do que cinturão de pobre;

2 – O sinal da internet era QUASE insuficiente para permitir o acesso ao programa on-line do Bolsa Família;

3 – Pois é. Era QUASE insuficiente, mas agora o quase desapareceu e ficou apenas o INSUFICIENTE;

4 – Como os administradores da internet em nossa Prefeitura tiveram a “bela”, “inteligente” (e lucrativa) ideia de compartilhar o sinal da internet com muitas residências do Município,...

Nossa internet (que já era tão “veloz” quanto uma tartaruga grávida e aleijada subindo uma montanha) agora está moribunda, com o pé na cova, desenganada pela medicina, já recebendo a extrema-unção...

5 – Todos os coléguas do nosso herói (que eram apenas funcionários contratados) estão de malas prontas, e se despedindo dos alegres e estressantes tempos de aventuras, bons tempos quando quase todos os dias eram xingados com os mais “lindos” nomes do Dicionário Popular de Xingamentos e outras ofensas. Agora nosso herói está sozinho, no meio do fogo cruzado, cercado de inimigos por todos os lados, e com apenas uma bala na artilharia.

6 – É o tempo do recadastramento. No horizonte já aparecem as primeiras “donas prissigas”, mais estressadas do que uma cascavel parida. É claro que, no final das contas, elas não têm culpa se faltam as condições adequadas (e humanas) para que o nosso herói cumpra sua missão com dignidade e competência.

7 – E a bola de neve está aumentando. Sem acesso ao sistema, o número de “clientes” crescendo, nosso herói sozinho, os problemas se multiplicando...

Aceita um conselho, amigo Zégua? Venda o que puder, compre uma passagem de avião, e vá passar o Natal no cume do Everest. Natal, Ano Novo, o ano todo.

Hehehe! Se fosse fácil assim...