Apresentando o senhor ZÉGUA

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terça-feira, 16 de março de 2010

ZÉGUA CONTRA A SEQUESTRADORA DE CADASTROS

Quando a mulher entrou na sala, Zégua pensou num daqueles filmes de terror – especialmente aqueles que mostram uma mulher vestida num roupão (de hospital), andando no meio do cemitério. Brrrrrrrrrr!!!!!!!

Ele olhou nos olhos dela e sentiu que ela não tava normal. Logo lembrou-se que recentemente a irmã da dita cuja havia visitado o Departamento querendo informações sobre o beneficio da coitada da irmã, que estava até internada e não agüentava mais caminhar.

Na ocasião Zégua havia suplicado:
- Olhe, qualquer pessoa da família pode vir aqui saber noticias do cartão dela, mas, por favor, não deixem ela vir não.

A mulher é daquelas que falam nervosa, tremendo, olhando pra você com aquele olhar que diz claramente que não está acreditando em nada do que estamos contando pra ela.

O caso é que o pessoal “lá de riba” cancelou o beneficio dela, alegando que a pobre coitada tem renda alta – só falta entrarmos em contato com a INTERPOL pra descobrirmos onde a “bolada” tá escondida.

Em outras palavras: A FAMÍLIA NÃO POSSUI RENDA ALTA COISA NENHUMA (= como alegam os gênios de Brasília), NÃO EXISTEM ERROS DE INFORMAÇÕES NO CADASTRO, TÁ TUDO CERTINHO POR AQUI. JÁ REVISAMOS O TAL CADASTRO VÁRIAS VEZES, MAS O CANCELAMENTO PERSISTE – E PELO MESMO MOTIVO. A não ser que o beneficio dela tenha sido cancelado por outras razões e o MDS, junto com o pessoal do 0800 (pra variar) não teve coragem de contar a verdade.

É claro que – quando ela liga para o terrível 0800, a coisa fica ainda mais feia para o nosso lado.

Bem, mas apesar das súplicas do Zégua, a mulher voltou a aparecer hoje, da forma como descrevemos acima – parecendo uma alma penada. Olhou para o Zégua e falou de forma robótica, olhar frio, duro, sem misericórdia:

- O que você tem pra me dizer sobre meu cartão?

Zégua simplesmente respondeu:

- Continua cancelado.

Aguardou que a mulher fosse dizer alguma coisa, insistir pra que ele desse uma olhada de novo, fizesse alguma coisa, etc. Mas, misteriosamente, ela apenas saiu, sem dizer nada. Zégua ainda insistiu:

- Ligue para o 0800...

Ao que ela respondeu, ainda de forma robótica:

- Não vou ligar não.

Daqui a pouco uma das colegas do Zégua entrou na sala, contando o seguinte:

- Você não vai acreditar. A mulher pediu para ver o cadastro dela e quando fui mostrar, tomou de minha mão e saiu com ele. E agora?

Pois é, só faltava essa – O Zégua sair atrás de uma maluca, tentando tomar o cadastro de volta.

No dia seguinte, duas colegas do Zégua foram à casa da seqüestradora de Cad-Único.

Diante do pedido para que devolvesse o cadastro, pois é um documento importante, etc., a mulher respondeu:

- Eu trouxe o cadastro pra queimar. Vou queimar tudo, cartão, senha, tudo. Não estou me importando. O pessoal de Brasília disse que eu tenho que fazer outro Cadastro, mas o seu Zégua disse que não posso, porque já estou cadastrada. Mas é mentira dele. E quando o Agente de Saúde passar por aqui, com aquela conversa de querer me pesar, vou dizer um bocado de coisas pra ele.

E agora, seu Zégua?

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