Depois do episódio, nosso heroi até olhou
para o calendário pra ter certeza:
"HOJE É SEXTA FEIRA 12, NÃO 13... SE
FOSSE 13, SEI NÃO..."
Zégua estava atendendo uma senhora,
normalmente, quando uma outra entra na sala, de forma repentina, sem pedir
licença e sem dar "bom dia". Foi logo perguntando, aos gritos,
exaltada:
- POR QUE VOCÊ NÃO COLOCOU O MEU MARIDO NO
MEU CADASTRO?!!! TÁ FALTANDO O DINHEIRO DELE!!!
Enquanto Zégua (e a senhora que ele estava
atendendo) estavam perplexos, tentando digerir a chocante cena, a
"possessa" fez outra ação surpreendente:
Jogou uma porção (amassada) de dinheiro
(dizendo ela que era 90,00) sobre a mesa e gritou, exaltada:
- TOMA AQUI O TEU DINHEIRO! NÃO QUERO ESSA
MERRECA! EU QUERO O DINHEIRO TODO, O DINHEIRO DO MEU MARIDO!
Zégua, respirando fundo, falando pausadamente
e de forma calma, tentou explicar:
- Mas a senhora fez a inclusão do seu marido
no início deste mês, não deu tempo ainda o sistema processar...
- É MENTIRA! VOCÊ NÃO INCLUIU O MEU MARIDO! E
EU QUERO O DINHEIRO DELE! NÃO VOU LEVAR ESSA "MISÉRA" PRA CASA NÃO
(disse, apontando para o dinheiro jogado na mesa).
- Mas, senhora... a senhora não vai ter
aumento só porque o seu marido foi colocado do cadastro...
- NÃO TÔ NEM AÍ! VOCÊ TEM QUE DAR CONTA DO
MEU DINHEIRO COMPLETO!
A situação estava tensa! A outra senhora
estava assustada e sem coragem de se levantar da cadeira pra correr. Nosso
amigo, enquanto conversava, não tirava os olhos dos olhos da “possessa”... e
das mãos dela. Ela pegou alguns documentos e jogou sobre a mesa:
- TOMA! INCLUI O MEU MARIDO!!!
- Mas, senhora, ele já está incluído...
(então o nosso amigo percebeu, pelos olhos dela, que não adiantava argumentar
nada... se calou... e ficou aguardando a reação dela).
Mais alguns segundos de alta tensão, ela
recolheu o dinheiro e os documentos e saiu gritando:
- SÓ VOU LEVAR ESSA “MISÉRA” PORQUE ESTOU
PRECISANDO...
Pois é, meus amigos... tá cada vez mais
complicada a coisa. Se a dita cuja estivesse armada (alguma faca ou coisa
parecida), o desfecho poderia ter sido diferente. Tá na hora dos gestores
municipais se preocuparem mais com a segurança daqueles que trabalham em
atendimentos públicos... não dá mais pra confiar no público que a gente atende
todos os dias.
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